Cápsula com sensores mede gases e ajuda a combater doenças intestinais

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Imagem: UofM - Health System

Capsulas especiais com câmeras que podem ser engolidas para transmitir vídeos de dentro do trato digestivo não são uma novidade, mas nem sempre a simples exibição de imagens é o bastante para ajudar no tratamento de certas condições de saúde. Por esse motivo, um grupo de pesquisadores australianos criou uma cápsula ingerível contendo sensores capazes de medir as concentrações de gases intestinais e enviar esses dados para outros dispositivos.

A presença de determinados tipos de gases no trato digestivo é associada com diversas doenças gastrointestinais, como a síndrome do cólon irritado. Além disso, esses elementos servem como indicadores gerais da saúde dos pacientes. Normalmente, eles são medidos usando métodos como análise de exalação, mas essas formas de detecção costumam ser consideradas pouco confiáveis.

Segundo Kourosh Kalantar-zadeh, um dos membros da equipe de cientistas, o estudo do ar que sai da respiração de um paciente é menos eficaz porque, entre outras coisas, não consegue determinar exatamente de que parte do trato digestivo esses gazes estão vindo. Para resolver esse problema, a cápsula conta com um sensor de elementos gasosos, um microprocessador, uma bateria e um transmissor wireless de alta-frequência.

Caminho do futuro

Uma vez que o dispositivo tenha sido engolido, ele passa a mensurar as concentrações de gases específicos enquanto avança pelo trato digestivo. Essas informações são então enviadas para um dispositivo diferente, como um smartphone, antes que a cápsula saia naturalmente pela extremidade inferior do intestino.

Além de ajudar a descobrir como comidas em particular afetam o nosso sistema digestivo, a cápsula tecnológica pode acelerar os estudos sobre como micro-organismos específicos afetam nosso intestino e a eficiência com que absorvemos nutrientes. Dessa forma, torna-se possível desenvolver novas técnicas de diagnóstico de doenças e tratamentos. O dispositivo já foi testado com sucesso em animais, mas experimentos humanos ainda não foram iniciados.

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