FBI, CIA e NSA pedem para seus cidadãos não usarem telefones chineses

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Huawei e a ZTE estão passando por um momento bastante complicado na sua tentativa de expandir ainda mais seu mercado de smartphones pelo mundo. Pelo menos aqui no Brasil, essas duas empresas vêm caindo no gosto do povo com seus celulares acessíveis e configurações de top de linha, mas parece que as agências de inteligência dos EUA querem mais é que elas passem bem longe da terra do Tio Sam.

Cris Wray, diretor do FBI, disse que as agências de inteligência americanas (FBI, CIA e NSA) estão muito preocupadas com os riscos de permitir que qualquer empresa ou entidade que não esteja comprometida com o governo americano comece a ganhar terreno dentro das redes de telecomunicações locais, uma vez que isso poderia abrir diversas portas para espionagem estrangeira.

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Em setembro de 2017, a AT&T – operadora de telefonia americana – e a Huawei estavam em vias de finalizar um contrato para distribuição de um dos top de linha da empresa chinesa, o Huawei Mate 10 Pro, mas antes da CES 2018 o acordo foi interrompido sem ser finalizado. Outra operadora, a Verizon, também retirou qualquer possibilidade de distribuição do aparelho chinês. Mesmo assim, o periférico foi lançado de forma independente, mas vale lembrar que 90% das vendas de smartphones nos EUA são realizadas com contrato com operadoras.

Mesmo que recentemente a Huawei tenha ultrapassado a Apple como segunda maior distribuidora de smartphones no mundo, ficando atrás somente da sul-coreana Samsung, parece que o plano de chegar a ser a maior será um desafio muito mais difícil do que eles imaginavam.

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Mesmo se tratando de autoridades dos EUA, a Huawei fez questão de demonstrar seu descontentamento através das palavras de Willian Plummer, vide-presidente de assuntos externos, reforçando que a Huawei tem excelência e confiabilidade em mais de 170 países por todo o mundo, não só dos cidadãos, mas também dos governos. Ainda segundo o executivo, a empresa chinesa é responsável pela conexão de um terço da população mundial.

Para finalizar, Plummer afirmou: “Em um mundo onde toda solução de tecnologia da informação é o produto das cadeias de fornecimento globais, as autoridades também devem ser cautelosas para não marcar uma ou outra empresa como 'mais vulneráveis' do que outras. Na melhor das hipóteses, isso é enganador; na pior, perigoso".

Essa briga do governo americano com as empresas chinesas não vem de agora, haja visto que em 2012 a ZTE e a Huawei foram acusadas de deixarem brechas em seus gadgets que permitiam espionagem de agentes chineses. É claro que na época ambas negaram, e o governo chinês ainda entrou na briga acusando os EUA de protecionismo.

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