Preservação e evolução podem e devem caminhar juntas

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Dia 5 de junho celebramos o Dia Mundial do Meio Ambiente e a maioria das falas ao longo de todo o mês levantam, com razão, pautas urgentes sobre preservação, sustentabilidade, uso consciente dos recursos naturais. O problema é que, geralmente, o discurso para por aí, jogando para o universo várias sugestões do que fazer, sem sugerir quem, ou menos ainda, como.

Em alguns casos, inclusive, esses temas são apresentados como incompatíveis com os avanços tecnológicos. É como se a única forma de lidar com os problemas ambientais fosse abandonar a tecnologia, quando, na verdade, é justamente nela que encontramos respostas para algumas das questões mais urgentes, principalmente quando falamos de sustentabilidade.

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Sustentabilidade é agir no presente para garantir o futuro

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Empresas e órgãos oficiais estão começando a entender que sem práticas sustentáveis de desenvolvimento, os colapsos ambiental e econômico ficam mais distantes da ficção e próximos da realidade. É por isso que nos últimos anos temos falado muito sobre ESG, ou “sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa” em inglês.

Isso significar vincular metas econômicas diretamente à preservação ambiental, e as inovações tecnológicas são a principal ferramenta para isso. Cada vez mais, corporações, em especial as Big Techs, estão pensando em projetos que alinham suas capacidades tecnológicas a aplicações reais para abordar as raízes de alguns problemas ambientais, e não apenas medidas paliativas que servem como publicidade e nada mais.

Diferente do que se acredita, a preservação ambiental não é, e nem deve ser, contrária a evolução tecnológica. Essa noção ainda é reflexo dos processos de industrialização do passado, mas já está sendo substituída por uma abordagem mais esclarecida da própria definição de sociedade.

É justamente com essa mentalidade que a Dell implementou o Dell Technologies Solar Community Hub. Lançado em 2022 em uma parceria entre Intel, a organização Computer Aid e a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), o projeto visa oferecer saúde, educação e capacitação profissional para as populações indígena e ribeirinha de Boa Esperança, na Amazônia.

Como o próprio nome sugere, o Solar Community Hub opera 100% em energia solar, garantindo, de maneira sustentável e limpa, acesso à internet, tecnologia e serviços essenciais em regiões remotas. O projeto-piloto começou a operar em março do ano passado e atende 1.500 pessoas, entre comunidades ribeirinhas e as etnias indígenas Mura, Tenharim e Apurinã.

A cultura local precisa fazer parte dos projetos de preservação

Na Intel, acreditamos que tecnologia é para todos, e o Solar Community Hub é uma das iniciativas concretas de ser uma força de ação nessa frente. É a realização da proposta de, através da tecnologia, levar melhores condições para pessoas em situação de maior vulnerabilidade.

Por outro lado, essas inovações não podem ser sinônimo de abandonar culturas — muitas delas quase extintas. Mais do que conectar essas regiões, o Community Hub garante que as inovações fornecidas sejam aplicadas respeitando e promovendo características culturais e regionais.

Ao levar educação, saúde e capacitação profissional para populações de áreas de difícil acesso, o projeto quer desenvolver essas regiões, sem abrir mão da sustentabilidade financeira e ambiental.

  • Educação: com programas de alfabetização e letramento digital contextualizados para atender as necessidades culturais e de aprendizagem dessas populações.
  • Saúde: serviços de telessaúde para atendimento, formação de agentes comunitários de saúde e monitoramento dos casos de covid-19. A FAS também instalou sistemas de coleta de água da chuva para abastecer a comunidade com água potável.
  • Capacitação: treinamento em gestão de negócios e atividades alinhadas às fontes de renda locais, como produção e venda de açaí e castanha-do-pará.

Pensando especificamente na preservação ambiental, ninguém entende a Amazônia melhor do que a população local. Sendo assim, capacitar as comunidades e, principalmente, seus líderes locais com as habilidades e tecnologias certas é o primeiro passo para abordar o desmatamento de forma mais eficaz.

Com a intenção de oferecer ainda mais recursos para essa luta, o projeto também irá instalar um Sistema de Alerta de Desmatamento, capaz de identificar rapidamente ações de degradação ambiental na Amazônia. Isso facilita a gestão do território e agiliza o acionamento das agências ambientais.

Esses espaços são gerenciados pelas próprias comunidades e combinam as tecnologias da Intel e da Dell com serviços de ponta, como conectividade 5G e computação de borda. Isso aproxima a análise dos dados ambientais da região onde são gerados, e das pessoas mais afetadas por eles, portanto, mais indicadas para entender e sugerir como agir.

Da Amazônia para o mundo

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A Intel e Dell  já operam juntas desde 2011 com os Solar Learning Labs, levando educação a 18 mil alunos de diversos países, como Quênia, Nigéria e Brasil. Evidentemente, projetos como esse não resolvem a crise ambiental, alterando sozinhos o curso da história. No entanto, eles deixam muito claro como políticas de ESG viabilizam mudanças visíveis na sociedade, inclusive na maneira de enxergar essas pautas como investimentos em seu sentido mais literal.

O retorno de depositar recursos, pesquisa e capital em ações desse tipo, vão garantir a um futuro além dos livros-caixa. Com isso, os discursos da modernidade e da preservação passam a ser catalisadores um do outro, deixando para trás a noção atrasada de que tecnologia e sustentabilidade não combinam.

Como empresa de tecnologia sabemos que ainda temos muito a melhorar no cuidado com o meio ambiente e com as pessoas, mas estamos trilhando um caminho de sucesso para cada dia termos mais conciencia ambiental e social não só na Intel mas em todo o ecossistema de tecnologia.

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