SP registra quase 400 crimes que citam apps de videochamadas
Os aplicativos de videochamadas são citados em registros de ameaças, extorsões, furtos, injúrias e outros crimes

Por Carlos Palmeira
05/07/2021, às 16:01
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) registrou, no período de pandemia, pelo menos 395 boletins de ocorrência que citam Skype, Meet, Teams e outros softwares. Os aplicativos de videochamadas são citados em registros de ameaças, extorsões e outros crimes. A informação foi levantada pela agência Fiquem Sabendo, que solicitou as informações à pasta de segurança de SP.
Os casos, registrados entre março do ano passado e maio deste ano, são em sua maioria no Zoom, com 211 casos (provavelmente por ser o mais popular dentre todos).
Depois do Zoom, aparece o Skype, com 105 registros em boletins de ocorrência, seguido por Google Meet (44), Microsoft Teams (29) e Hangouts (6).
Não foi possível comparar o número de denúncias envolvendo os programas com períodos pré-pandemia, mas o indício é de aumento. Pode-se dizer que a popularização do home office impulsionou o uso de plataformas do tipo, já que até mesmo órgãos oficiais, como o Supremo Tribunal Federal (STF), adotaram o esquema de trabalho por videoconferências.
Crimes
Os documentos oficiais mencionam os programas em casos de crimes graves como "Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente"; "Redução a condição análoga à de escravo"; "Divulgação de cena de estupro e imagens de nudez, sexo ou pornografia" e "Importunação sexual".
Confira, a seguir, os principais crimes que citam os softwares de videochamadas.
- Casos não criminais (101).
- Estelionato (98).
- Invasão de dispositivo informático (33).
- Ameaça (19).
- Extorsão (18).
- Furto (18).
- Injúria (14).
- Delitos de Informática (7).
- Roubo (6).
- Calúnia (5).
Apesar da divulgação, a SSP-SP e delegacias regionais ainda não deram mais detalhes sobre nenhuma das ocorrências.
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Por Carlos Palmeira
Especialista em Redator
Paulistano, corintiano e pedestre desde 1993. Jornalista formado pela Universidade Federal de Mato Grosso, escrevo sobre games, tecnologia, ciência e cultura pop. Fã de Red Hot Chili Peppers e apaixonado por maracujá, pão de queijo e rap.