Oscar: o que há por trás das escolhas mais polêmicas da premiação

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Todos os anos, a cerimônia do Oscar causa a mesma reação em grande parte do público. Independente de qual filme leva cada estatueta, há sempre aqueles que serão tratados como “os injustiçados”. Porém, olhando para o histórico da cerimônia, é possível reconhecer alguns padrões e critérios, e entender melhor porque alguns filmes não se deram tão bem.

O primeiro fator que deve ser considerado é que, embora existam críticos, fãs e outras premiações, que às vezes servem de termômetro para o Oscar, quem vota representa apenas uma fração do total de pessoas que assistem aos filmes. Os membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (AMPAS, na sigla em inglês) nem sempre concordam com as opiniões principais e um filme que foi ovacionado em Cannes pode nem ser indicado ao Oscar.

Oscar 2017 (Fonte NME/Reprodução)
Oscar 2017 (Fonte NME/Reprodução)

Soma-se a isso o fato de que a Academia não divulga os resultados dos votos dos filmes. Sendo assim, é impossível saber se um filme como La La Land perdeu para Moonlight por muitos votos ou não. Atualmente a AMPAS conta com 8.733 membros e suas opiniões sobre um filme podem mudar desde o lançamento. Outro fator relevante é que ainda existem muitos membros com mais de 70 anos, e que podem ter opiniões semelhantes às de Martin Scorsese ou do Steven Spielberg sobre filmes mais atuais.

Já aos filmes que receberam uma indicação, há ainda um longo caminho até que eles estejam entre os vencedores. O mesmo vale para atores e diretores. Alfred Hitchcock foi indicado cinco vezes na categoria de melhor diretor, mas nunca recebeu um prêmio. Este ano, alguns dos principais nomes na corrida para uma vaga ao Oscar podem ajudar seus filmes a conquistarem um maior destaque, como Joe Pesci, que retorna após um longo tempo parado. Há ainda nomes como Kristin Stewart e Adam Sandler, que buscam se livrar de um histórico questionável e chamam mais atenção para as suas produções.

Mas nem sempre esses detalhes influenciam na hora da decisão. Enquanto Mad Max: Estrada da Fúria foi muito elogiado enquanto estava sendo exibido nos cinemas, mas não levou o prêmio de melhor filme, Green Book foi duramente criticado, mas venceu na categoria principal.

Mad Max: Estrada da Fúria - 2015 (Fonte: IMDb/Reprodução)
Mad Max: Estrada da Fúria - 2015 (Fonte: IMDb/Reprodução)

Por fim, vale lembrar que uma regra é universal: o dinheiro é quem realmente manda. Muitos estúdios optam por lançar seus filmes em períodos de férias ou longe de outras grandes estreias, para que seu retorno financeiro seja mais garantido. Embora isso possa prejudicar a disputa ao Oscar, ter um filme que foi visto por mais pessoas é mais importante do que ter um filme que venceu mais estatuetas.

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