#AstroMiniBR: Os robôs fora do Sistema Solar!

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Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas. Acompanhe!

#1: Um Júpiter de Van Gogh?

Não, você não está olhando para uma pintura impressionista! Trata-se de uma imagem da atmosfera de Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar, tão grande que apenas nessa imagem caberiam dezenas de planetas Terra enfileirados. A imagem, tratada computacionalmente, destaca as cores nas nuvens do gigante gasoso de modo a melhor identificar suas estruturas.

Mas o que cria essas cores? Ninguém sabe ao certo. A espessa atmosfera de Júpiter é composta principalmente de hidrogênio e hélio, elementos que são incolores nas baixas temperaturas dos topos das nuvens jovianas. Quais elementos fornecem suas cores continua sendo um tópico de pesquisa na astronomia moderna, embora pequenas quantidades de hidrossulfeto de amônio tenha sido apontado como um dos principais candidatos. As nuvens mais claras são tipicamente mais altas do que as mais escuras.

Na imagem, as nuvens giram em torno de regiões mais avermelhadas no canto inferior, enquanto parecem cobrir alguns domínios mais escuros no canto superior. Esta imagem foi tirada pela espaçonave robótica da NASA, Juno, durante uma de suas passagens baixas sobre Júpiter no início deste ano. Juno continua em sua órbita elíptica circular, mergulhando perto do enorme planeta a cada 53 dias e explorando um setor ligeiramente diferente a cada vez.

#2: Os robôs fora do Sistema Solar

Embora a humanidade nunca tenha ido mais distante do que a Lua na sua história, registros dos seus feitos foram muito mais longe, até mesmo para o espaço entre as estrelas! As sondas Voyager 1 e a Voyager 2 da NASA foram lançadas em 1977 em uma grande viagem pelos planetas exteriores do Sistema Solar. Eles se tornaram as espaçonaves em operação mais longevas e mais distantes da Terra de todas.

Ambas viajaram para além da heliosfera, a região definida pela influência do vento solar e do campo magnético do Sol. Ano passado, quando as sondas completaram 45 anos de sua jornada em direção às estrelas, as Voyager 1 e 2 atingiram quase 22 horas-luz e 18 horas-luz do Sol, respectivamente, e continuam sendo a única espaçonave atualmente explorando o espaço interestelar.

Cada espaçonave carrega um disco de cobre banhado a ouro de 12 polegadas com gravações de sons, imagens e mensagens da Terra. Chamados de Golden Records, pretendem comunicar uma história de vida e cultura no planeta Terra, preservada em um meio que pode sobreviver a uma jornada interestelar por um bilhão de anos.

#3: As estrelas e suas diferentes cores

Embora boa parte da luz que percebemos das estrelas no céu noturno sofra influências da atmosfera e esteja sujeita à fenômenos ópticos, em geral, somos capazes de identificar as estrelas através de sua coloração. As estrelas têm cores diferentes, que são indicadores de sua temperatura na superfície.

As estrelas mais quentes tendem a aparecer em azul ou branco-azulado, enquanto as estrelas mais frias são vermelhas. Um índice de cor de uma estrela é a diferença nas magnitudes medidas em quaisquer dois comprimentos de onda e é uma maneira que os astrônomos usam para medir e expressar suas temperaturas.

#4: A Nebulosa de Órion no infravermelho!

Você está olhando para a imagem em infravermelho mais profunda já feita da Nebulosa de Órion (M42). Tirada pelo telescópio James Webb, a imagem revelou uma abundância de estrelas de baixa massa anteriormente desconhecidas! Mais conhecida na luz visível, onde mostra muitas estrelas brilhantes e gás brilhante,  a M42 está a uma distância de 1300 anos-luz e é a região de formação estelar mais próxima da Terra.

O poder por trás de grande parte desta nebulosa são as estrelas do aglomerado estelar do Trapézio, responsável por boa parte do brilho laranja em torno das estrelas brilhantes na imagem. O atual complexo de nuvens e poeira da Nebulosa de Órion (que inclui também a famosa Nebulosa da Cabeça do Cavalo) se dispersará lentamente ao longo dos próximos 100.000 anos.

#5: A luz do Sol sob um prisma

Chamamos de luz solar toda a porção da radiação eletromagnética emitida pelo Sol, em particular a luz infravermelha, visível e ultravioleta. Na Terra, a luz do sol é espalhada e filtrada pela atmosfera terrestre e é óbvia aos nossos como a familiar luz do dia quando o Sol está acima do horizonte. Quando a radiação solar direta não é bloqueada por nuvens, ela é sentida como uma combinação de luz brilhante e calor radiante.

Quando bloqueada por nuvens ou refletida por outros objetos, a luz solar é difusa. A quantidade total de energia do sol pode ser integrada em comprimentos de onda entre cerca de 400 e 700 nanômetros. Aproximadamente 49% da radiação solar está no infravermelho, cerca de 7% é ultravioleta e menos de 1% da radiação solar é emitida como raios-x, raios gama e ondas de rádio.

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