#AstroMiniBR: a supernova mais próxima dos últimos anos!

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Imagem: NASA

Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas! Confira:

#1: A supernova mais próxima da década!

Se você possui um bom telescópio amador, esse pode ser um bom momento para você tirá-lo de casa e dar uma olhada no céu: não é sempre que você pode assistir a morte de uma estrela gigante que explodiu e está brilhando como um bilhão de sóis!

Na última sexta-feira, dia 19, astrônomos que observavam com o Telescópio Liverpool de 2 metros confirmaram um relatório de Koichi Itagaki sobre uma possível supernova (chamada de SN 2023ixf) na Galáxia do Catavento (M101), uma galáxia espiral quase perfeita de orientação frontal para a Terra.

Com uma distância de cerca de 21 milhões de anos-luz, esta é a supernova mais próxima do Sistema Solar desde a SN 2014J que ocorreu na Galáxia do Charuto (M82) em 2014, que estava a cerca de 12 milhões de anos-luz da Terra. Desde sexta-feira alguns telescópios espaciais como o Hubble e o Swift têm sido direcionados para continuar acompanhando o fenômeno.

#2: O primeiro planetário da era moderna

Se você nunca teve essa experiência, não deixe de marcar na sua agenda: visite um planetário! Tratam-se de ambiente educacional e interativo em que são abordados temas comumente associados à astronomia e à observação celeste. Uma característica dominante da maioria dos planetários é a grande tela de projeção em forma de cúpula na qual cenas de estrelas, planetas e outros objetos celestes podem aparecer e se mover de forma realista para simular seu movimento.

Essa projeção pode ser criada de várias maneiras com diversos tipos de projetores e sistemas ópticos. Embora diversos planetários primitivos tenham sido criados desde a antiguidade e ao longo dos séculos que se sucederam, o primeiro planetário, na concepção moderna da palavra, foi inaugurado apenas em agosto de 1923, 100 anos atrás, quando o planetário Zeiss projetou imagens do céu noturno no revestimento de gesso branco de uma cúpula hemisférica de concreto de 16 m, erguida no telhado das fábricas Zeiss.

#3: Por que é importante descobrir exoplanetas?

Uma das perguntas mais profundas e mais instigantes que a humanidade já fez é: “nós estamos sozinhos no Universo?”. Inúmeros filósofos, cientistas e seres humanos curiosos fizeram essa pergunta ao longo de milhares de anos, mas nenhuma resposta foi satisfatória o suficiente.

Talvez, até agora: somos a primeira geração que tem as ferramentas na ponta dos dedos para começar a responder a essa pergunta com observações científicas sofisticadas, sendo capazes não apenas de saber agora que existem milhões de planetas em torno de outras estrelas, mas também inferir a existência de centenas de bilhões a mais.

Desde que o primeiro exoplaneta foi descoberto, em meados da década de 90, os astrônomos têm encontrado uma deslumbrante variedade de planetas, alguns muito diferentes daqueles em nosso próprio Sistema Solar.

Estudá-los em toda essa variedade permite que aprendamos um pouco mais sobre como o universo funciona e como a Terra e nosso Sistema Solar se encaixam nesse cenário cósmico.

#4: O que há na atmosfera de Marte?

O Telescópio Espacial James Webb (JWST, da sigla em inglês) da NASA capturou suas primeiras imagens e espectros de Marte no segundo semestre do não passado. Isso possibilitou aos astrônomos o acesso a uma perspectiva única de Marte por meio da sensibilidade infravermelha única do JWST, complementando os dados coletados por orbitadores, rovers e outros telescópios.

A análise preliminar dos dados mostra um rico conjunto de características espectrais que contêm informações sobre poeira, nuvens geladas, que tipo de rochas existem na superfície do planeta e em sua atmosfera. As assinaturas espectrais – incluindo vales profundos conhecidos como características de absorção – de água, dióxido de carbono e monóxido de carbono foram facilmente detectadas com o Webb e ajudarão a entender melhor as características físicas e até mesmo de habitabilidade do nosso vizinho vermelho.

#5: Não, isto não é uma galáxia!

A imagem que você está olhando é a IM Lupi, uma estrela jovem com um intrigante disco protoplanetário. Com base em observações do disco de IM Lupi nos últimos anos, os astrônomos descobriram que o disco não gira uniformemente; há mais de uma dúzia de “dobras” onde o gás se move a uma taxa diferente do que se espera de um disco girando suavemente.

Além disso, eles verificaram a presença de um padrão espiral impresso na superfície superior do disco. Esses recursos poderiam sinalizar que o disco expansivo de IM Lupi esconde um planeta massivo orbitando a estrela a uma distância equivalente a mais de 1 bilhão de quilômetros!

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