Novo experimento pode determinar se o universo é um 'computador'

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Um grupo formado por cientistas de vários países, liderado pela Universidade de Nottingham, no Reino Unido, propôs um experimento que pode ajudar a determinar se o universo funciona como um “computador quântico”. A nova abordagem foi apresentada em um estudo publicado em fevereiro, no periódico PRX Quantum.

Para determinar como o universo funciona em seu estado mais fundamental, a equipe chefiada pelo professor da Escola de Matemática da Universidade de Nottingham Richard Howl sugere um teste para verificar se a gravidade obedece às leis da mecânica quântica ou se ela é de natureza clássica, como indicaram Einstein e Newton, uma das principais dúvidas da física moderna.

No experimento, bilhões de átomos seriam resfriados a temperaturas extremamente baixas, em uma armadilha esférica milimétrica, para que eles entrem em uma nova fase da matéria, denominada condensado de Bose-Einstein, se comportando como um único átomo maior.

A ilustração mostra o átomo artificial e os dois estados que ele pode assumir no experimento.A ilustração mostra o átomo artificial e os dois estados que ele pode assumir no experimento.Fonte:  PRX Quantum/Divulgação 

O passo seguinte, de acordo com Howl, é aplicar um campo magnético ao novo átomo artificial, para que ele sinta apenas a sua própria atração gravitacional. Ao final, bastaria interpretar o resultado da experiência, que poderia comprovar a natureza quântica da gravidade se o átomo demonstrar o ingrediente-chave para a computação quântica, associado à “probabilidade negativa”.

“Um imenso computador quântico”

Caso o experimento consiga resolver um debate existente há mais de 100 anos, descobrindo se a gravidade é clássica ou quântica, também poderia ajudar a determinar se o universo é um computador quântico.

Isso porque ele se conecta a uma ideia filosófica de que o universo se comporta como um “imenso computador quântico que está calculando a si mesmo”, segundo o professor da Universidade de Hong Kong Marios Christodoulou, participante da pesquisa.

Como a abordagem proposta usa tecnologia atual e é considerada mais simples do que sugestões anteriores, a equipe acredita ser possível testar a gravidade quântica em breve.

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