Telescópio James Webb descobre água e outros elementos em aglomerado estelar

2 min de leitura
Imagem de: Telescópio James Webb descobre água e outros elementos em aglomerado estelar
Imagem: Getty Images

De acordo com um novo estudo publicado no servidor de pré-impressão arXiv, um grupo de astrônomos utilizou o Telescópio Espacial James Webb (JWST) para tentar compreender melhor a formação de planetas em uma região estelar chamada de Nebulosa da Lagostatrata-se de uma nebulosa estelar, como a Nebulosa de Orion.

Conforme os cientistas explicam, a área também é a casa de diversas estrelas massivas, inclusive, algumas das mais massivas da Via Láctea. O astrônomo inglês James Jeans foi o primeiro a propor que o colapso de uma nebulosa estelar é responsável pela formação de uma estrela, desde então, estudamos diversas áreas semelhantes no universo.

Afinal, a própria Nebulosa de Orion tem sido extensivamente estudada, uma região onde se formam estrelas jovens e quentes; os pesquisadores explicam que o Sol já pode ter feito parte desse processo. Por esse motivo, eles desejam desvendar os segredos dessa interação estelar.

A ilustração apresenta um disco planetário ao redor de uma estrela.A ilustração apresenta um disco planetário ao redor de uma estrela.Fonte:  NASA 

A Nebulosa da Lagosta, também conhecida pelo nome científico NGC6357, foi um dos focos das novas observações realizadas pelo telescópio James Webb. A nebulosa está localizada em uma região do espaço a aproximadamente 6 mil anos-luz de distância da Terra, na constelação de Escorpião. O impressionante é que eles encontraram até água durante as observações do telescópio.

“Nós apresentamos os primeiros resultados do programa James Webb Space Telescope (JWST) para Ambientes de Raios Ultravioleta Extremos (XUE), que se concentra na caracterização de discos de formação planetária em regiões de formação estelar de estrelas massivas. Essas regiões provavelmente são representativas do ambiente no qual a maioria dos sistemas planetários se formou. Compreender o impacto do ambiente na formação de planetas é crucial para obter insights sobre a diversidade das populações observadas de exoplanetas”, os cientistas descrevem na introdução do artigo.

Água na Nebulosa da Lagosta

Segundo o artigo, o grupo de astrônomos estudou 15 discos planetários em três áreas diferentes da Nebulosa da Lagosta, a fim de entender como o ambiente pode afetar na formação de um planeta. Um dos discos foi nomeado de XUE 1 e revelou alguns dos ingredientes presentes que pode auxiliar no desenvolvimento cósmico de um planeta.

Os dados coletados pelo JWST apontam que a região talvez seja um dos ambientes mais extremos da Via Láctea e, mesmo assim, é abundante em água, monóxido de carbono, cianeto de hidrogênio e acetileno. Para os pesquisadores, as novas observações mostram que os planetas terrestres podem se formar em regiões de alta massa e de baixa massa, seja em um ambiente extremo ou não.

“Nossas descobertas implicam que as regiões internas de discos altamente irradiados podem manter condições físicas e químicas semelhantes às dos discos em regiões de formação estelar de baixa massa, ampliando assim a gama de ambientes com condições semelhantes para a formação de planetas rochosos nas regiões de disco interno até as mais extremas regiões de formação estelar em nossa Galáxia”, o estudo acrescenta.

Gostou do conteúdo? Então, fique por dentro de todas as descobertas astronômicas aqui no TecMundo e aproveite para um estudo que revela estrelas massivas e supernovas do Universo antigo.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.