#AstroMiniBR: a astronomia dos povos Tupi e Guarani!

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Imagem: Rodrigo Guerra

Toda semana o  TecMundo e o #AstroMiniBR selecionam as curiosidades astronômicas mais relevantes produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para compartilhar com você um pouco mais sobre o fantástico mundo da astronomia. Confira!

#1: As crateras na Lua!

As crateras lunares são características notáveis que pontilham a superfície da Lua, proporcionando insights valiosos para cientistas e entusiastas da astronomia. Essas formações resultaram de bilhões de anos de impactos de meteoritos e asteroides e variam bastante em dimensão, com algumas alcançando centenas de quilômetros de diâmetro e outras sendo apenas pequenos buracos.

Entre as mais famosas, destacam-se a Cratera Tycho, facilmente visível a olho nu, com cerca de 85 quilômetros de diâmetro, e a Cratera Copérnico, que possui cerca de 93 quilômetros de diâmetro. Uma classificação útil das crateras lunares foi proposta por Eugène Shoemaker, que desenvolveu uma escala para medir a idade das crateras com base em seu grau de desgaste. Essa classificação permite estimar o tempo desde o impacto que criou a cratera, ajudando a entender a história dos impactos na Lua e sua evolução com o tempo.

As características físicas dessas crateras, como as bordas elevadas, os pontos centrais e os materiais ejetados pelo impacto, também podem ser observadas em detalhes, inclusive com o auxílio de binóculos e pequenos telescópios!

#2: A astronomia dos povos originários!

Quando pensamos em astronomia, é comum vir à nossa mente imagens de observações modernas e profundas do Universo, repleta de cores e nitidez sem precedentes. A astronomia, entretanto, é uma ciência milenar e encontrou terreno fértil em inúmeras civilizações ao longo da história, incluindo os povos originários da América Latina.

A astronomia dos povos Tupis e Guaranis, indígenas que habitavam a região que hoje compreende o Brasil, Paraguai e partes da Argentina, é um fascinante exemplo deste fato e uma ótima demonstração de conhecimento astronômico avançado. Essas culturas ancestrais desenvolveram uma compreensão profunda dos movimentos celestiais, com ênfase especial no Sol.

Utilizando o Cuaracy' 'Ra’angaba, um dispositivo astronômico a astrológico, eles rastrearam os movimentos aparentes do Sol ao longo do ano. Este instrumento, que consistia em uma série de pedras dispostas no solo e pedaços de madeira que projetavam sombras, permitiu que os Tupis e Guaranis marcassem datas cruciais para suas atividades agrícolas e rituais religiosos. Suas observações meticulosas dos solstícios e equinócios comprovam uma sofisticada compreensão dos ciclos celestiais e ressaltam a importância da astronomia em suas culturas.

#3: Neblina no Pico dos Dias!

A foto abaixo é de uma manhã relativamente comum no Observatório Pico dos Dias, em Minas Gerais. A observação astronômica é frequentemente desafiada pelo fenômeno da neblina nas primeiras horas da manhã. Isso ocorre devido a uma combinação de fatores atmosféricos e condições noturnas.

Durante a noite, a superfície da Terra perde calor por radiação para o espaço, esfriando a camada mais próxima da superfície. Quando a temperatura dessa camada se aproxima do ponto de orvalho, a umidade presente no ar condensa, criando as partículas de água microscópicas que vemos como neblina. Isso é particularmente comum ao amanhecer, quando a terra está mais fria, e a atmosfera ainda não teve a oportunidade de se aquecer com a radiação solar.

Como resultado, observatórios astronômicos que estão localizados no alto de montanhas, como o do Pico dos Dias, muitas vezes enfrentam desafios durante as primeiras horas da manhã devido à neblina, o que pode prejudicar a qualidade da observação e requerer estratégias para mitigar esse efeito.

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