#AstroMiniBR: por que as estrelas parecem piscar no céu noturno?

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O TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem toda semana, as curiosidades astronômicas mais relevantes produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento de uma das ciências mais antigas do mundo. Veja abaixo!

#1: A cintilação das estrelas

Embora ao olhar para o céu noturno tenhamos a impressão de que as inúmeras estrelas estejam piscando sua luz, isso não é, na verdade, o que ocorre. O fenômeno que faz com que as estrelas aparentem “piscar” no céu noturno é conhecido como cintilação atmosférica e é um processo óptico causado pela interação ocorrida na passagem da luz das estrelas ao atravessar as diversas camadas da atmosfera terrestre.

À medida que a luz estelar viaja através dessas camadas, ela é refratada devido às variações na densidade do ar, temperatura e pressão. Essas flutuações, embora relativamente pequenas, são significativas e alteram ligeiramente o caminho da luz entre o objeto e o observador, criando um efeito de cintilação, caracterizado pela aparente variação da intensidade luminosa da estrela. Esse fenômeno é especialmente evidente quando observamos as estrelas próximas ao horizonte, onde a luz tem que percorrer uma maior extensão atmosférica.

Astrônomos muitas vezes usam a intensidade da cintilação para estudar a turbulência atmosférica e desenvolver técnicas para corrigir distorções em observações astronômicas em instrumentos modernos.

#2: A fantástica passagem de um cometa!

Os cometas foram, por muitos milênios, enigmáticos viajantes do espaço. Hoje nosso entendimento é vasto o suficiente para saber que tratam-se, na verdade, de corpos celestes rochosos compostos principalmente por gelo, poeira e gases, de órbitas elípticas de altas excentricidades.

Quando um desses objetos se aproxima em sua trajetória orbital da estrela central de nosso sistema solar, o calor intenso provoca a sublimação de seus componentes voláteis, gerando uma espetacular coma, uma espécie de atmosfera difusa ao redor do núcleo. Além disso, os cometas apresentam uma longa e distintiva cauda, que aponta sempre longe do Sol devido à pressão do vento solar e à radiação.

Os cometas têm fascinado observadores ao longo da história e são cruciais para compreender a composição original do sistema solar, uma vez que preservam vestígios dos primórdios do nosso lar cósmico.

A visibilidade dos cometas depende da proximidade com a Terra, e muitos cometas são visíveis a olho nu. No registro acima, pode-se ver a cauda distinta do Cometa Nishimura, descoberto este ano, formada pela interação entre o cometa e o vento solar. Essas características observacionais não apenas proporcionam um espetáculo celestial memorável, mas também fornecem aos cientistas dados valiosos para entender melhor a dinâmica orbital dos corpos pequenos do sistema solar.

#3: Você sabe o que é um analema?

Os analemas são fascinantes figuras celestiais que surgem a partir da projeção das posições diárias do Sol no céu ao longo de um ano. Visualmente, eles assumem a forma de uma figura de oito, muitas vezes descrita como uma “cintura” que se estreita e se alarga. Esse padrão peculiar resulta da combinação das variações na inclinação do eixo da Terra e da órbita elíptica do planeta ao redor do Sol.

Durante o curso de um ano, o Sol parece se mover para frente e para trás, criando esse desenho curioso quando todas as suas posições são registradas e conectadas. Analemas são uma representação visual elegante da complexidade dos movimentos orbitais que regem nosso sistema solar e oferecem uma visão única da interação dinâmica entre a Terra e o Sol.

Essas formações de imagens não apenas fascinam astrônomos, mas também têm implicações práticas. Por exemplo, os analemas podem ser usados para corrigir as imprecisões dos relógios solares ao longo do ano. Além disso, eles proporcionam uma compreensão visual vívida das mudanças sazonais, destacando a interconexão entre a geometria celeste e os padrões climáticos na Terra.

Tudo isso faz com que os analemas não sejam apenas curiosidades astronômicas, mas também ferramentas valiosas para a compreensão da relação entre o nosso planeta e a fonte central de sua luz e energia: o Sol.

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