#AstroMiniBR: como sabemos o formato da Via Láctea?

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Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!

#1: Uma pintura cósmica

A imagem acima apresenta um dos objetos mais famosos e bonitos dos céus do Sul: a Grande Nuvem de Magalhães, o maior satélite da Via Láctea, com cerca de 15.000 anos-luz de diâmetro e localizado a apenas 160.000 anos-luz de distância em direção à constelação de Dorado.

Na verdade, esse registro apresenta uma visão ainda mais especial porque vai além do que é possível de se ver com a luz visível comum que é capturada por nossos olhos e por nossos telescópios caseiros. Abrangendo um tamanho no céu equivalente a 10 luas cheias, esse mosaico foi construído a partir de uma observação com um total de 1.060 horas de tempo de exposição em filtros de banda larga e banda estreita.

Esses filtros são projetados para transmitir apenas a luz emitida pelos átomos de enxofre, hidrogênio e oxigênio que são ionizados pela luz das estrelas e emitem sua luz característica. Como resultado, nesta imagem a Grande Nuvem parece estar coberta com uma infinidade de pequenas nuvens ao redor de estrelas jovens e massivas!

#2: Hipervelocidades no espaço!

Fora da atmosfera terrestre, detritos espaciais artificiais e meteoroides naturais que se movem em altas velocidades podem danificar severamente os satélites e constituir um sério perigo para os voos espaciais, especialmente para as missões tripuladas. Se uma espaçonave colide com um objeto com velocidade relativa superior à velocidade do som em material sólido (cerca de 4 a 5 quilômetros por segundo ou mais de 20 mil quilômetros por hora), esse evento é chamado de impacto de hipervelocidade.

Quando um objeto atinge um satélite ou uma sonda nessas velocidades, o resultado depende principalmente de qual parte está sendo atingida, do tamanho relativo do alvo e do tamanho do objeto que está atingindo, no caso, o “projétil”. Como mostram as imagens acima, feitas por impactos de pedaços de plástico e alumínio menores que 3 centímetros, os danos podem ser irreversíveis. Infelizmente, apenas objetos espaciais maiores podem ser mais facilmente catalogados e rastreados, então, hoje, somente para esses casos a colisão pode ser evitada por meio de medidas ativas e/ou por manobras evasivas.

#3: Como sabemos como é a Via Láctea?

Se nós nunca saímos nem sequer do Sistema Solar, como podemos saber qual é a forma e como se parece a nossa galáxia? Embora essa seja uma verdade incontestável, também o é o fato de que seres humanos são criaturas engenhosas.

Desde que os astrônomos descobriram a existência de outras galáxias na década de 20 do século passado, avanços significativos foram feitos no entendimento de como a Via Láctea se formou e evoluiu com o passar do tempo. Por meio do mapeamento da distribuição de estrelas, poeira e gás em nossa galáxia, é possível comparar esses dados com as imagens observados de outras galáxias semelhantes à nossa, isto é, galáxias espirais.

Assim, é possível construir modelos computacionais que preservem as características físicas reais do nosso sistema galáctico e construam uma imagem confiável de como ela se pareceria, se vista de fora.

#4: A Estação Espacial Internacional sobre o Sol

O que é uma mancha solar e o que é um laboratório humano nessa imagem? Uma dessas manchas falsas é a Estação Espacial Internacional (ISS) flagrada passando em frente ao Sol. Individualmente, as manchas solares têm uma umbra central escura e uma penumbra circundante mais clara.

Entretanto, como a ISS orbita a Terra em cerca de 90 minutos, transitar o Sol não é um evento muito incomum para quem observa da superfície do planeta. Esta imagem é o resultado da combinação da observação da superfície do Sol obtida por três telescópios: um telescópio de hidrogênio-alfa foi usado para capturar a cromosfera do sol em detalhes e dois telescópios com filtros solares de abertura total para capturar o trânsito da ISS contra a fotosfera solar.

#5: O que pinta o céu de azul?

Em algum momento da sua vida você já se perguntou ou foi perguntado por alguma criança: por que o céu é azul? A resposta para essa pergunta clássica é simples: como a energia que passa pelo oceano, a energia da luz também viaja em ondas. Parte da luz viaja em ondas curtas e “agitadas”, enquanto outra luz viaja em ondas longas e preguiçosas.

As ondas de luz azul são mais curtas que as ondas de luz vermelha. A luz solar atinge a atmosfera da Terra e é espalhada em todas as direções por todos os gases e partículas no ar e, nesse processo, a luz azul é mais espalhada do que as outras cores. É por isso que vemos um céu azul (na maioria das vezes!).

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