#AstroMiniBR: conheça o meteorito de Fukang, que é recheado de cristais

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Imagem: Southwest Meteorite Laboratory

Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!

#1: O belíssimo meteorito de Fukang

Se você achou que todo meteorito era cinzento e meio sem graça, dê uma olhada novamente nas imagens acima. Esse é o meteorito de Fukang, descoberto no deserto de Gobi, perto da província de Fukang, na China, no ano de 2000.

Encontrado por um localizador anônimo, essa rocha espacial de mais de uma tonelada faz parte de uma classe rara de meteoritos: os palasitas. Essas gemas extraterrestres refletem a beleza estelar do cosmos através de sua coloração e composição vibrante e têm o meteorito de Fukang como o mais belo representante desta categoria. Ele é composto essencialmente por cristais de olivina verde-amarelo incrustrados em uma matriz de níquel e ferro que variam muito em tamanho e forma, indo desde formatos arredondados de poucos milímetros até formas angulares de dezenas de centímetros.

O meteorito de Fukang tem cerca de 4,5 bilhões de anos e sua origem remonta ao início do próprio Sistema Solar, quando os planetas, luas e asteroides ainda estavam surgindo.

#2: Por que o céu é azul durante o dia e laranja ao entardecer?

Na ciência, perguntas simples escondem respostas espetaculares e essa é uma delas. A resposta para ela é que no planeta Terra (mas não apenas), o ângulo da luz do Sol ao entrar na atmosfera afeta a cor do céu.

Durante o nascer ou o pôr do sol, quando o Sol está perto do horizonte, a luz deve viajar por uma parte maior da atmosfera do que quando o Sol está acima. Isso resulta em uma maior dispersão de luz, incluindo comprimentos de onda mais longos, como amarelo, laranja e vermelho, o que cria céus coloridos ao nascer e ao pôr do sol. Em contrapartida, durante o dia, a luz azul é mais espalhada porque os fótons percorrem um menor caminho na atmosfera e espalham mais os comprimentos de onda curtos.

#3: Uma imagem com 84 milhões de estrelas

Este vídeo impressionante apresenta as partes centrais da Via Láctea que foram observadas pelo levantamento astronômico VISTA do Observatório do Paranal, localizado no Chile.

O frame da imagem possui 108.200 por 81.500 pixels e contém aproximadamente nove bilhões de pixels. Trata-se, na realidade, de uma combinação de múltiplas imagens individuais do VISTA, tiradas no comprimento de onda do infravermelho, que resultaram nesse mosaico incrível. A vantagem de se observar a Via Láctea no infravermelho é que esses filtros são capazes de ver através de grande parte da poeira que bloqueia a visão dos telescópios ópticos, embora muitos filamentos de poeira mais opacos ainda sejam visíveis neste vídeo.

Esta imagem é muito grande para ser facilmente exibida em resolução total e é melhor apreciada usando a ferramenta de zoom, onde se pode passear por 84 milhões de estrelas!

#4: Um vizinho galáctico

No Cosmos, grandes galáxias espirais geralmente parecem deter toda a beleza e o esplendor, exibindo seus jovens e brilhantes aglomerados de estrelas azuis em belos braços espirais. Porém, pequenas galáxias difusas e irregulares também possuem sua beleza característica e também formam estrelas, como a galáxia vizinha NGC 6822,  conhecida como Galáxia de Barnard.

Esse vizinho cósmico está a apenas 1,5 milhão de anos-luz de distância, mais próximo que a famosa galáxia de Andrômeda e é um membro do nosso Grupo Local de galáxias. Ela possui cerca de 7.000 anos-luz de diâmetro e apresenta-se cheia de jovens estrelas azuis com manchas de brilho rosado que demarcam o hidrogênio das regiões de formação de novas estrelas.

#5: Uma supernova em outra galáxia

As supernovas são, de longe, um dos tópicos favoritos dos amantes e entusiastas de astronomia ao redor do mundo. Trata-se de um termo que designa qualquer classe de estrelas que explode violentamente e cuja luminosidade aumenta muitos milhões de vezes seu nível normal. São caracterizadas por um brilho intenso e rápido que dura algumas semanas e é seguido por um escurecimento lento.

É exatamente isso que você pode ver na animação acima, feita em time-lapse com observações do telescópio Hubble de uma supernova ocorrida na galáxia espiral NGC 2525, localizada a 70 milhões de anos-luz de distância. Os instantâneos feitos pelo Hubble foram reunidos em um vídeo que releva a saga da titânica explosão estelar até desaparecer por completo na escuridão cósmica.

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