Veja a foto de 10 terabytes da Via Láctea

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Imagem: DECaPS2/DOE/FNAL/DECam/CTIO/NOIRLab/NSF/AURA/E. Slawik/M. Zamani/D. de Martin

Um estudo do céu do hemisfério sul, realizado por astrônomos responsáveis pela Pesquisa de Plano de Câmera de Energia Escura (DECaPS2), realizou o mapeamento e a identificação de mais de 3 bilhões de corpos celestes. Os dados da pesquisa foram publicados no The Astrophysical Journal.

Enquanto alguns equipamentos astronômicos perscrutam os confins do universo, outros observam a nossa vizinhança e o nosso lar.

Em um mapeamento histórico, astrônomos conseguiram observar, mapear e identificar 3,32 bilhões de corpos celestes, na nossa Via Láctea.

Observatório Interamericano Cerro TololoObservatório Interamericano Cerro TololoFonte:  CTIO/NSF’s NOIRLab/AURA/H. Stockebrand 

O mapeamento foi realizado pelo programa DECaPS2, utilizando a Câmera de Energia Escura (DECam), que fica Observatório Interamericano Cerro Tololo (CTIO), no Chile, comandado pelo programa do NoirLab da Fundação Nacional de Ciências dos EUA (NSF).

Utilizando o telescópio Víctor M. Blanco, onde se encontra a DECam, os pesquisadores conseguiram compor um arquivo que reúne 21.400 exposições individuais, formando uma imagem com 10 terabytes!

Esse é apenas um pedacinho da tapeçaria galáctica formada pela pesquisa.Esse é apenas um pedacinho da tapeçaria galáctica formada pela pesquisa.Fonte:  DECaPS2/DOE/FNAL/DECam/CTIO/NOIRLab/NSF/AURA/E. Slawik/M. Zamani/D. de Martin 

A observação da nossa galáxia não é nada simples. A poeira, a sobreposição e a luminosidade de nebulosas, são fatores que atrapalham a identificação de corpos celestes, gerando ruído nas imagens.

Mas a DECam, instalada no CTIO, conseguiu de captar com extrema precisão, o brilho e as redondezas de aproximadamente 6,5% do céu noturno, em ângulo de 130º de comprimento.

Área equivale à 13 mil vezes a área angular da lua cheia.Área equivale à 13 mil vezes a área angular da lua cheia.Fonte:  DECaPS2/DOE/FNAL/DECam/CTIO/NOIRLab/NSF/AURA/E. Slawik/M. Zamani/D. de Martin 

Além disso, captando ondas no comprimento do infravermelho, alguns dos fatores de interferência puderam ser minimizados, resultando em uma imagem de alta resolução.

Graças a esse conjunto tecnológico de coleta e análise de dados, a imagem é uma das mais impressionantes já registradas da nossa galáxia.

A tapeçaria galáctica está disponível para visualização, e você pode interagir com os objetos, dando zoom em diferentes partes do plano mapeado. Ao clicar em diferentes áreas, você irá visualizar dados da pesquisa, e o frame específico daquela região.

A imagem levou dois anos para ser processada, e ainda levará anos para que todas as informações possam ser analisadas. Para os astrônomos, o resultado surpreendente é mais um passo para conhecermos nossa galáxia.

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