#AstroMiniBR: 'planeta pi' gira em torno de sua estrela a cada 3,14 dias

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Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!

#1: O "planeta pi" que tem o tamanho da Terra!

Às vezes, a matemática e a astronomia se encontram em uma feliz coincidência! Uma equipe internacional liderada por astrônomos do MIT descobriu, em 2020, uma “Terra Pi”. Trata-se de um planeta do tamanho da Terra que gira em torno de sua estrela a cada 3,14 dias, em uma órbita que lembra a constante matemática universal.

Os pesquisadores descobriram sinais do planeta em dados obtidos em 2017 pela missão K2 do Telescópio Espacial Kepler da NASA. Ao se concentrar no sistema no início deste ano com o SPECULOOS, uma rede de telescópios terrestres, a equipe confirmou que os sinais eram de um planeta orbitando sua estrela. E, de fato, o planeta parece ainda estar circulando sua estrela hoje, com um período pi, a cada 3,14 dias.

O novo planeta, rotulado de K2-315, tem um raio de 0,95 do da Terra e orbita uma estrela fria e de baixa massa que tem cerca de um quinto do tamanho do nosso Sol a uma velocidade impressionante de 81 quilômetros por segundo!

#2: A rotação da Terra de uma perspectiva totalmente diferente!

Você já viu o seu mundo de cabeça para baixo? Se estivéssemos em uma perspectiva fixa no espaço celeste, isso aconteceria todos os dias. A maioria dos vídeos que mostram o céu noturno em time-lapse apresenta as estrelas e os demais objetos celestes se movendo acima de uma Terra estática.

O vídeo acima, no entanto, a câmera foi forçada a girar em uma taxa de rotação equivalente à da Terra para que as estrelas permaneçam fixas e a Terra gire em torno delas. Dessa forma, o vídeo, que apresenta cada hora compactada em um segundo, demonstra a rotação diária da Terra, chamada de movimento diurno. Ele foi filmado em um campo aberto na Namíbia, na África, em 2020. Conforme o planeta gira, as sombras mudam e o Cinturão de Vênus aparece momentaneamente, até o dia se transformar em noite.

Por fim, aparecem a majestosa faixa de nossa Via Láctea se estendendo pelo céu noturno, bem como os satélites que refletem a luz do sol e as Grandes e Pequenas Nuvens de Magalhães, visíveis do hemisfério sul da Terra.

#3: Por que o disco lunar consegue cobrir perfeitamente o disco solar?

Durante um eclipse solar total, a Lua passa entre a Terra e o Sol, projetando sua sombra na superfície terrestre. Isso bloqueia completamente a luz do Sol para aqueles localizados nesta região específica. No entanto, a Lua é cerca de 400 vezes menor que o Sol. Como, então, ela consegue bloquear toda essa luz?

A resposta para isso está na distância. Quando os objetos estão mais próximos de nós, eles parecem ser maiores do que os objetos que estão distantes. Por exemplo, a maioria das estrelas no céu noturno se parece com pequenos pontos brancos de luz, porém, na realidade, muitas dessas estrelas são muito maiores que o nosso Sol, só estão muito mais distantes da Terra! Embora a Lua seja 400 vezes menor que o Sol, ela também está cerca de 400 vezes mais próxima da Terra do que o Sol. Isso significa que, da Terra, a Lua e o Sol parecem ter aproximadamente o mesmo tamanho no céu, característica física que chamamos de tamanho angular.

Porém, como a Lua se afasta cerca de 4 centímetros da Terra por ano, esse efeito não ocorrerá para sempre: daqui a alguns milhões de anos, a Lua não será capaz de bloquear mais totalmente a luz do Sol e os eclipses solares serão sempre parciais/anulares.

#4: Que fase da Lua é aquela no céu?

A Lua possui quatro fases principais no seu ciclo lunar: lua nova, lua crescente, lua cheia e lua minguante. Reconhecer a fase cheia e nova no céu é fácil, mas e quando ela está crescente e minguante? Podemos nos guiar pelo seguinte: se ela estiver visível à tarde, está em fase crescente; se aparecer de manhã, está na fase minguante.

Em outros horários, é preciso ter noção dos pontos cardeais ou seguir uma dica ainda mais básica e mais fácil: se estiver em formato de C, está crescente, se estiver em formato de D, está minguante. Vale lembrar, contudo, que isso só vale para o hemisfério Sul; no hemisfério Norte é o contrário.

#5: Quão longe está a Lua de nós?

Como a órbita da Lua ao redor da Terra não é um círculo perfeito e sim uma elipse, a sua distância não é sempre a mesma. Às vezes ela está mais próxima de nós, às vezes mais distante.

No seu ponto mais próximo, chamado de perigeu, os centros da Terra e da Lua em geral estão a menos de 357 mil quilômetros de distância entre si. Esse valor é significativamente menor do que o diâmetro combinado de todos os planetas do Sistema Solar, isto é, se colocássemos os planetas alinhados de Mercúrio a Urano, essa distância não seria suficiente para comportá-los.

Porém, no ponto mais distante de sua órbita, no apogeu, a distância entre os centros atinge aproximadamente 406 mil quilômetros, valor mais do que suficiente para os planetas se encaixarem confortavelmente. Contudo, mesmo se pegarmos o valor médio da distância Terra-Lua de 384 mil quilômetros, os planetas do Sistema Solar continuariam se encaixando nesse espaço, pois a soma total dos seus diâmetros é de cerca de 365 mil quilômetros: espaço de sobra para adicionar Plutão na brincadeira!

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