Café na velocidade da luz: novo método usa laser para preparar bebida

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Você gosta de café? Se toma só uma cafezinho às vezes, pode ser que não conheça o cold brew, um café mais doce e suave, passado a frio, e que leva ao menos 12 horas para ser extraído do grão. Ou levava, pois pesquisadores da Alemanha criaram um sistema de extração movido a laser que faz c trabalho cerca de 300 vezes mais rápido.

Café passado a frio, o cold brew, resulta em uma bevida mais suave e adocicadaCafé passado a frio, o cold brew, resulta em uma bevida mais suave e adocicadaFonte:  Shutterstock 

O método de infusão a frio - que consiste em colocar os grãos moídos na água e esperar - extrai até três vezes mais cafeína dos grãos do que filtrar por gotejamento em água quente. É comum no Japão, onde o cold brew chega a ficar 24 horas em infusão.

Para acelerar o processo, a equipe de pesquisa química da Universidade Duisberg Essen (UDE), na Alemanha, desenvolveu e demonstrou um processo de extração a frio ultrarrápido por meio do uso de laser, que leva apenas alguns minutos.

A parte técnica veio de um método usado para separar sólidos metálicos em soluções solventes e criar soluções de nanopartículas suspensas. A equipe alemã resolveu usar o mesmo laser, pulsando-o através de uma solução de café moído misturado com água, cerca de 80.000 vezes por segundo, durante três minutos - sem aumentar a temperatura mais do que poucos graus.

Imagem do estudo, mostrando o café antes, durante e após o uso do laser e filtragem.Imagem do estudo, mostrando o café antes, durante e após o uso do laser e filtragem.Fonte:  UDE/Nature/Divulgação. 

A solução resultante foi filtrada e comparada com uma infusão fria de 24 horas tradicional de cold brew e também com uma xícara de café passada com filtro de gotejamento quente.

O resultado do café a laser foi uma acidez que era quase idêntica à do café frio extraído durante 24 horas e significativamente menor do que a do café quente. A presença de trigonelina - um alcalóide que define aroma - foi mais alta na fermentação a frio, seguida do café a laser e mais baixa na fermentação a quente.

Nenhuma substância que já não estivesse nas bebidas quentes ou frias foi encontrada no café a laser. Os resultados completos da pesquisa foram publicados na revista Nature.

ARTIGO Nature - https://doi.org/10.1038/s41538-022-00134-6.

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