Doença do olho seco: quais são os sintomas e como é o tratamento?

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*Este texto foi escrito com base em informações de agências e autoridades sanitárias, hospitais e especialistas em saúde. Se você ou alguém que você conhece possui algum dos sintomas descritos aqui, nossa sugestão é que um médico seja procurado o quanto antes.

Ao contrário do que muita gente pode pensar, a doença do olho seco é um problema de saúde muito comum. Por falta de informação, entretanto, essa condição acaba sendo confundia com infecções, inflamações ou alergias.

Nossas lágrimas, muito além de expressar tristeza, têm a função de lubrificar os olhos. Sem elas sentimos irritação e ficamos susceptíveis a danos na superfície ocular. Conheça mais sobre essa síndrome.

Como saber se tenho o olho seco?

Síndrome do olho seco causa ardência e dores (Fonte: Shutterstock)Síndrome do olho seco causa ardência e dores (Fonte: Shutterstock)Fonte:  Shutterstock 

No dia a dia, as lágrimas são responsáveis por manter os globos oculares lubrificados. Alterações na sua qualidade ou na quantidade são a principal causa da síndrome ou doença do olho seco.

Quem sofre do problema pode sentir os olhos ardendo ou dores mais agudas, como ferroadas. A sensação pode ser constante ou surgir em situações específicas, como ao acordar, ao ficar no ar-condicionado ou depois de muitas horas trabalhando no computador.

Os sintomas podem atingir apenas um ou ambos os olhos. Além das dores, pacientes podem ter também muco, sensibilidade à luz, vermelhidão, coceira, dificuldade em usar lentes de contato ou para dirigir durante a noite.

Os sintomas podem atingir um ou ambos olhos (Fonte: Shutterstock)Os sintomas podem atingir um ou ambos os olhos (Fonte: Shutterstock)Fonte:  Shutterstock 

A presença de sinais por um tempo prolongado é razão o suficiente para buscar um oftalmologista. Ele poderá dar o diagnóstico com base em exames simples e receitar o tratamento mais adequado.

Causas da síndrome

Uma variedade de causas pode estar por detrás dos problemas de olhos secos. Nosso globo ocular tem uma camada externa chamada filme lacrimal, composta de três partes: uma rica em óleos graxos, outra em fluido aquoso e a terceira em muco.

A função de toda essa proteção é manter a superfície ocular limpa, lubrificada e suave ao movimento. Qualquer alteração nesse sistema em perfeito equilíbrio pode, portanto, levar aos olhos secos.

Entre as causas mais comuns da doença estão mudanças hormonais, doenças autoimunes, inflamação de certas glândulas ou problemas alérgicos, que podem levar à ceratoconjuntivite seca.

Problemas alérgicos estão entre as causas mais comuns (Fonte: Shutterstock)Problemas alérgicos estão entre as causas mais comuns (Fonte: Shutterstock)Fonte:  Shutterstock 

Esse é o termo clínico para a condição na qual o corpo não produz água lacrimal o suficiente. Ela costuma estar relacionada com a idade e também com as condições médicas citadas. Alguns medicamentos podem causar o problema como efeito colateral.

Mas não é só esse sintoma que deixa os olhos secos. Outro problema comum é aqueles de pessoas que sofrem com muita evaporação da lágrima. Nesses casos, as glândulas responsáveis por secretar o filme oleoso protetor podem ficar entupidas, permitindo o escape do líquido.

Esses casos geralmente são típicos em pacientes de alergias, mas também podem acontecer por falta de vitamina A, exposição ao vento, fumaça ou ar seco e problemas nas pálpebras, que reduzem nossa capacidade de piscar.

Formas de tratamento para o olho seco

A síndrome do olho seco é um fator de risco para problemas como infecção ocular e danos à superfície dos olhos. Além disso, a condição provoca muito desconforto e às vezes dor, podendo atrapalhar nas atividades do cotidiano.

Apesar disso o tratamento é simples. Em primeiro lugar o paciente deve buscar um oftalmologista capaz de criar um programa individualizado para as causas do problema particulares.

A terapia costuma ser feita através do uso diário de colírios lubrificantes e, em alguns casos, anti-inflamatórios. Aplicados nos olhos eles ajudam a recuperar o filme lacrimal e podem contribuir para a recuperação de zonas danificadas.

A síndrome pode ser tratada com colírios (Fonte: ShutterstockA síndrome pode ser tratada com colírios (Fonte: ShutterstockFonte:  Shutterstock 

Em alguns casos, para ajudar na retenção da lágrima natural por mais tempo, o médico pode optar por fazer a obstrução do ponto lacrimal. Esse procedimento pode ser temporário ou permanente, e a decisão depende do quadro do paciente.

Outras medidas que ajudam a contornar os casos são a hidratação adequada, a alimentação controlada, evitando especialmente alimentos com álcool e cafeína, o uso de acessórios para proteção da vista, como óculos escuros ou lentes adaptadas.

Evitar a exposição dos olhos a ambientes com muita poluição e ar seco também podem ajudar com o problema. O mesmo vale para pessoas que passam muito tempo em frente à tela do computador: dar uma folga para a vista pode ajudar.

Esses hábitos também podem ajudar a prevenir que o problema surja. Pacientes que fumam também são aconselhados a deixar o hábito e evitar a exposição à fumaça.

As dores causadas pelos olhos secos demais são incômodas para muitas pessoas. Mas com uma visita a um oftalmologista, o problema pode ser resolvido e podemos voltar a ver o mundo com novos olhos – esses muito mais bem hidratados.

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