#AstroMiniBR: como é um cometa visto do espaço?

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Imagem: NASA

Todo sábado, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência, que é a mais antiga de todas!

#1: Um espetáculo cósmico exclusivo e privado

Não é todo dia e nem ao menos todos os anos que um cometa cruza nossa visão no céu noturno. Considerado um evento relativamente raro e incomum, muitas pessoas passam a vida inteira sem nem ter ao menos um vislumbre da passagem dessas rochas espaciais. Há cerca de 2 anos, em março de 2020, o telescópio NEOWISE descobriu um cometa distante aproximadamente 250 milhões de quilômetros da Terra. Batizado com o nome do telescópio, o cometa passou a ser acompanhado por diversos observatórios do planeta a partir daquele mês. A partir de julho do mesmo ano, sua aproximação orbital foi suficiente para que ele pudesse também ser visível a olho nu, o que rendeu belíssimas fotografias por parte dos astrônomos amadores. Contudo, nenhuma observação foi tão exclusiva e impressionante quanto a dos astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS) daqueles dias. Além da vista deslumbrante contínua do nosso planeta azul, os tripulantes da ISS conseguiram ver o cometa NEOWISE surgir no horizonte da Terra várias vezes por dia por todo o período em que ele ficou visível, exibindo sua longa cauda produzida pelo vento solar!

#2: Por que o céu é azul?

Essa pergunta poderia ser feita da seguinte maneira: por que os oceanos são azuis? Afinal, são explicações complementares. Como explicado brevemente na postagem acima, o céu é azul devido a um fenômeno físico chamado espalhamento de Raleigh. Este é o processo que se refere ao espalhamento da radiação eletromagnética (da qual a luz visível, bem como as ondas de rádio, as micro-ondas, o infravermelho e vários outros são exemplos) pelas partículas da atmosfera da Terra. Ao interagir com essas partículas, cerca de 1/3 da luz solar é espalhada, sendo os menores comprimentos de onda da luz aqueles que tendem a se espalhar mais facilmente. Esses comprimentos de onda mais curtos correspondem a parque dos tons azulados da luz visível, por isso, quando olhamos para o céu, é exatamente essa a cor que percebemos. Contudo, durante o pôr-do-sol e ao amanhecer, o ângulo com que a luz solar penetra na atmosfera é bastante diferente daquele, digamos, das 10 horas da manhã. Nesses momentos, a maioria dos comprimentos de onda de luz azul são espalhados antes de atingir a atmosfera mais baixa e percebemos mais cores em tons de laranja e vermelho.

#3: Arte Moderna no Cosmos

A imagem acima poderia se passar facilmente por um quadro de arte contemporânea em algum museu, porém, trata-se da imagem mais nítida do centro da nossa galáxia! A imagem, que ganhou um processamento especial e foi colorida artificialmente, foi obtida através de observações em ondas de rádio feitas pelo telescópio MeerKAT, localizado na África do Sul. Com a nova coloração, o registro, que já era impressionante, facilitou a distinção das estruturas e dos processos físicos emissores de ondas de rádio no nosso disco galáctico, desde as estrelas em estágios finais de vida até as regiões turbulentas e brilhantes próximas ao buraco negro supermassivo central.

#4: O maior asteroide troiano já descoberto!

Bom, esse não é lá o melhor dos títulos com que alguém poderia querer se gabar, uma vez que essa rocha espacial leva o primeiro lugar em uma competição de apenas dois candidatos. Porém, essa não deixa de ser uma descoberta importante. Asteroides troianos são objetos que compartilham uma órbita com um planeta, agrupados em torno de uma área gravitacionalmente equilibrada ao longo da órbita do planeta, conhecida como ponto de Lagrange. A descoberta foi feita pelo Telescópio SOAR, localizado no Chile, e revelou que esse objeto tem mais de um quilômetro de largura, sendo cerca de três vezes maior que o primeiro e único objeto de sua classe descoberto anteriormente.

#5: A distribuição de matéria escura em um aglomerado de galáxias!

Entender como a matéria se distribui em aglomerados de galáxias como o Abell 1689 requer não apenas imagens de alta qualidade com telescópios como o Hubble, mas também uma modelagem computacional sofisticada. Devido à enorme quantidade de massa nesses sistemas, a luz é distorcida em um efeito chamado de lente gravitacional. É isso que faz com que muitas galáxias ao fundo sejam vistas esticadas e arqueadas. Análises da localização e suavidade desses arcos indicam que, além da matéria visível, o aglomerado também deve conter uma quantidade significativa de matéria escura que pode ter a sua distribuição inferida a partir desses processos físicos. Observações e análises como essa do Abell 1689 são importantes para que possamos entender melhor não só a quantidade de matéria escura, mas também as quantidades de energia escura no Universo.

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