Vitiligo: entenda o que é, quais são os sintomas e tratamentos

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O vitiligo é um problema de saúde caracterizado pela diminuição ou falta de melanina em certas áreas do corpo. Essa substância é aquela responsável pela coloração da pele, e por isso a doença gera manchas brancas nos pacientes.

A doença pode se espalhar com a idade e atinge principalmente os órgãos genitais, pés, mãos, cotovelos, joelhos e rosto. Estima-se que entre 1% e 2% de todas as pessoas no mundo tenham vitiligo em algum grau.

Com vitiligo, a modelo canadense Winnie Harlow usa sua carreira como plataforma para falar sobre a doença (Fonte: Instagram/Reprodução)Com vitiligo, a modelo canadense Winnie Harlow usa sua carreira como forma de falar sobre a doença. (Fonte: Instagram/Reprodução)Fonte:  Instagram/Reprodução 

Apesar do estigma, cada vez mais celebridades e pessoas influentes falam sobre essa condição. Alguns nomes conhecidos de pessoas com vitiligo são o da modelo canadense Winnie Harlow, o da modelo Luiza Brunet, do rapper Rappin Hood e da participante do BBB22 Natália Deodato.

Mas talvez o mais famoso portador dessa doença seja o cantor e astro pop Michael Jackson, que adotou inúmeros procedimentos estéticos para se livrar das manchas aparentes. Até hoje o Dia Mundial do Vitiligo é comemorado em 25 de junho, aniversário da morte de Jackson.

Sintomas

Para poucos pacientes, a perda de melanina é acompanhada de sensibilidade ou dor na região afetada, mas a maioria só manifesta o aparecimento de manchas brancas. Elas costumam aparecer em uma única zona de despigmentação, que, com o tempo, espalham-se.

De acordo com o local, o vitiligo pode ser classificado como unilateral e segmentar, se as manchas acontecem apenas em um lado do corpo, ou bilateral e não segmentar — quando a despigmentação é simétrica.

É comum que os primeiros sintomas surjam antes dos 20 anos, mas qualquer idade está vulnerável. Além disso, apesar de afetar mais a pele, os pelos e os cabelos do paciente também podem ficar esbranquiçados.

A maior preocupação, entretanto, são as consequências emocionais da doença. É porque ainda existe um estigma social muito forte sobre o vitiligo. Ele provoca, em primeiro lugar, uma alteração na aparência da pessoa, o que pode afetar sua autoestima. Em segundo, muita gente ainda acredita que a doença é contagiosa.

Causas

É importante reforçar que as causas do vitiligo ainda não estão claramente estabelecidas. Supõe-se que entre os fatores que desencadeiam ou agravam a doença possam estar os ambientais ou imunológicos.

Situações de estresse ou doenças autoimunes, por exemplo, podem desencadear a despigmentação. Também se sabe que o vitiligo pode estar associado a fatores genéticos, ocorrendo com mais frequência em algumas famílias.

O rapper Rappin Hood também é portador do vitiligo (Fonte: Estilo Black/Reprodução)O rapper Rappin Hood também tem vitiligo. (Fonte: Estilo Black/Reprodução)Fonte:  Estilo Black 

Mas, sobretudo, existe a certeza de que o vitiligo não é transmissível em nenhuma circunstância. A doença também não está associada à falta de higiene pessoal e sequer está atrelada a uma cor de pele específica.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico de vitiligo é clínico e feito por um dermatologista. Como as manchas são muito características e facilmente identificáveis, é rápido e pode ser feito apenas com a inspeção visual para a maioria das pessoas.

Indivíduos de pele muito clara, às vezes, podem ter a necessidade de realizar um exame com lâmpada de Wood. Nesse procedimento, a tez do paciente é exposta à luz fluorescente, o que deixa evidente lesões e alterações dermatológicas.

Muitas vezes, é recomendado ao paciente a realização de exames de sangue imunológicos para diagnosticar outras doenças autoimunes, como lúpus e doença de Addison, que podem estar associadas à condição.

O vitiligo não tem cura, mas existem algumas formas de tratamento. O objetivo das terapias, quase sempre, consiste em ajudar na melhoria da aparência da pele. Em alguns casos pode também reduzir a inflamação do local e estimular a repigmentação das regiões afetadas.

Alguns medicamentos podem ser indicados para o tratamento. Médicos podem receitar corticoides e/ou imunossupressores que são capazes de estimular a produção de melanócitos — as células que produzem melanina.

Alguns pacientes também são submetidos à fototerapia. Nesse procedimento, sãos aplicadas doses de radiação ultravioleta capaz de alterar a fisiologia cutânea. Assim, médicos são capazes de induzir a regressão ou controlar a evolução da enfermidade.

Tecnologias como o laser, cirurgia ou transplante de melanócitos também são alternativas. O tratamento é sempre personalizado e deve ser feito com acompanhamento médico.

Prevenção

Não existe forma de prevenção do vitiligo. Parentes de pacientes devem ficar atentos ao surgimento de hipopigmentação e, casos surjam manchas, é recomendável buscar um dermatologista.

Em pacientes com o diagnóstico, é importante evitar fatores que favoreçam o aparecimento de novas lesões ou que acentuem as existentes. O uso de roupas largas e de protetor solar são excelentes dicas no cuidado com a pele. Controlar o estresse também é outra medida importante.

Por fim, é fundamental que o paciente tenha uma rede de apoio emocional. O vitiligo é uma doença que afeta a aparência e altera a autoestima, mas cada vez mais vozes têm-se juntado e afirmado que pessoas com vitiligo não devem, de forma alguma, ter vergonha de sua condição ou da cor de sua pele.

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