Comparativo: 10 formatos de áudio e quando você deve utilizá-los

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Se você utiliza computadores desde os longínquos anos 1990, deve ter percebido que eles causaram uma verdadeira revolução na maneira de ouvir música ou qualquer outro tipo de áudio gravado, como os populares podcasts ou algum outro registro audível.

Desde os antigos (e enormes) arquivos WAV, que ocupavam um grande espaço nos ainda limitados discos rígidos, até formatos mais modernos, como o MP3, certamente já tivemos contato com tipos de arquivo de áudio dos mais diferentes possíveis, como FLAC, AAC, WMA, OGG, entre diversos outros, daqueles que a gente sequer sabe qual programa é capaz de executá-los.

Certamente, há um motivo para tantos formatos existirem e, obviamente, cada um deles tem vantagens e desvantagens. Conhecendo um pouco melhor alguns dos tipos mais propagados, fica mais fácil decidirmos em que situação devemos utilizá-los. Confira a seguir um pouco mais sobre 10 formatos populares de áudio e para que cada um deles serve.

Formatos com compressão e perda de qualidade

A maioria dos formatos de arquivo de áudio apresenta uma compressão considerável para diminuir seu tamanho e ser mais fácil de armazená-lo e transferi-lo. É o que acontece, por exemplo, com o MP3 e outros tipos similares. Isso, porém, faz com que muito da qualidade desapareça, em alguns casos até prejudicando a reprodução. No entanto, caso você queira apenas ouvir um pouco de música sem muita exigência, é o tipo perfeito de arquivo de áudio.

AAC (Advanced Audio Coding)

AAC

O AAC surgiu em meados de 1997 com uma missão ambiciosa: tomar o trono do MP3 como formato mais popular. Como é de se imaginar, a tentativa foi em vão, apesar de o formato ser superior em alguns quesitos, como no algoritmo de compressão, que o deixa com uma qualidade um pouco superior à do MP3. Ainda é bastante usado em plataformas como o iTunes, o Android, o iOS e o YouTube.

MP3 (MPEG-1 Audio Layer 3)

MP3

Talvez o formato mais popular quando tratamos de músicas, o MP3 foi espalhado pelo mundo com o advento das plataformas de compartilhamento musical, como o Napster, o eMule, o Audiogalaxy e o KaZaa. Apesar da perda de qualidade desse tipo de arquivo, ele é bastante leve e se tornou muito popular por ser fácil de ser transferido através das conexões lentas dos anos 1990. É reconhecido por praticamente qualquer player de áudio no mercado.

OGG (Derivado de “ogging”, um jargão tirado do jogo “Netrek”)

OGG

O OGG, na verdade, é uma espécie de “formato contêiner” feito com o objetivo de facilitar a manipulação e o streaming de material multimídia digital de alta qualidade. Ele engloba uma série de formatos menos conhecidos, como OGV, OGA, OGX, OGM, SPX e OPUS, para facilitar sua reprodução sem a necessidade da instalação de outros plugins. Geralmente, é mais utilizada por quem trabalha com formatos abertos.

WMA (Windows Media Audio)

WMA

Seguindo também no mesmo caminho do MP3, o WMA teve a pretensão de corrigir algumas falhas do popular formato. Apesar de tecnicamente superior, o WMA não conseguiu destronar o MP3 mesmo tendo como criadora ninguém menos que a Microsoft. Um dos principais problemas para emplacar o WMA foi a limitação de programas capazes de reproduzi-lo, todos sempre ligados à empresa fundada por Bill Gates, enquanto o MP3 funcionava com qualquer outro player.

Formatos com compressão sem perda de qualidade

Alguns arquivos conseguem comprimir os dados de áudio sem perder qualidade e, por isso, são os preferidos pelos aficionados por música mais exigentes. Apesar de compactados, esses arquivos ainda ocupam uma quantidade consideravelmente maior de espaço de armazenamento, o que pode ser um ponto negativo caso seu disco rígido seja limitado ou você queira transferir grandes quantidades pela internet.

ALAC (Apple Lossless Audio Codec)

ALAC

O ALAC é um formato de arquivo de áudio criado pela Apple para rivalizar com o FLAC (que veremos a seguir). Apesar da tentativa, esse tipo de arquivo é mais pesado que o FLAC, mas, assim como o concorrente, também possui código aberto. Plataformas da Apple, como o iTunes e o iOS, bloqueiam a reprodução do FLAC em favorecimento ao seu próprio tipo de arquivo, que apresenta uma qualidade bastante alta.

FLAC (Free Lossless Audio Codec)

FLAC

O FLAC talvez seja o formato de arquivo de áudio compactado sem perda de qualidade mais popular atualmente. Lançado em 2001, o FLAC é um formato de código aberto e capaz de ser cerca de 60% menor do que o arquivo original sem nenhuma perda de qualidade. Ele é reconhecido por uma boa quantidade de players, o que tem feito o formato ser um grande concorrente do MP3 para quem exige uma maior qualidade musical e não tem limitações de armazenamento de dados.

WMA (Windows Media Audio)

WMA

Se você acha que o redator confundiu tudo e colocou o WMA duas vezes na lista, você está enganado. O WMA, além de possuir sua versão comprimida com perda de qualidade, também tem um formato lossless. Porém, ele acaba gerando arquivos maiores do que seus concorrentes e ainda conta com o mesmo problema da variante com redução de atributos: apenas plataformas da Microsoft reproduzem a extensão.

Formatos sem compressão

Os áudios com esses formatos reproduzem digitalmente com precisão todo o espectro sonoro (audível ou inaudível) sem comprimir nada ou perder bits de informação. Geralmente, são arquivos enormes, que ocupam algo em torno de 34 MB de espaço de armazenamento para cada minuto de áudio. Assim, uma música de 4 minutos vai ocupar 136 MB, o que em MP3 seria o equivalente, mais ou menos, a dois álbuns de tamanho médio.

AIFF (Audio Interchange File Format)

AIFF

O AIFF foi criado pela Apple em 1988 tendo como base o IFF, formato utilizado nos antigos sistemas Amiga. Ele também é um contêiner para outros tipos de áudio reconhecidos pelo Mac OS e é geralmente reproduzido apenas por sistemas desenvolvidos pela Apple.

PCM (Pulse-Code Modulation)

PCM

O PCM é um método usado para representar digitalmente sinais analógicos de áudio. É o formato-padrão usado em CDs, DVDs, nos sistemas de telefonia, na indústria fonográfica e cinematográfica. Nesse tipo de arquivo, a amplitude do sinal analógico é amostrada regularmente em intervalos uniformes (pulsos), e cada amostra é quantizada no valor mais próximo dentro de uma gama de passos digitais. Esse formato é, talvez, o que mais se aproxima do som analógico.

WAV (Waveform Audio File Format)

WAV

O mais popular entre os formatos de áudio sem compressão foi criado em 1991 pela Microsoft e pela IBM e durante os anos 1990 foi o principal tipo de arquivo de som digital, especialmente por ser padrão no Windows. Funcionando também como um contêiner de formatos, alguns arquivos desse tipo podem ser compactados, mas geralmente o WAV contém áudio descomprimido de alta qualidade e pode ser reproduzido pela maioria dos players.

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No fim das contas, o mais importante é saber diferenciar entre os três tipos principais de arquivo de áudio: comprimidos com perda de qualidade, comprimidos sem perda de qualidade e sem compressão, e entre eles, utilizar os formatos mais populares, que podem ser reproduzidos com maior facilidade em plataformas mais conhecidas. Resumindo:

  • Formatos com compressão e perda de qualidade: para quem quer armazenar muitos arquivos em pouco espaço e não tem grande exigência de qualidade. Bom para curtir músicas que não demandam atributos muito detalhados, como o som de uma festa, por exemplo, ou aquele som que você curte nos fones de ouvido para passar o tempo no ônibus indo para o trabalho. Formato favorito: MP3.
  • Formatos com compressão sem perda de qualidade: para quem gosta de apreciar música com mais detalhes, mas ainda assim não faz disso algo totalmente sério ou profissional. Como os arquivos ocupam mais espaço, vão exigir um armazenamento maior, mas nada que seja impossível de obter. Os formatos lossless são fáceis de encontrar, e você pode rodá-los em diversos dispositivos. Formato favorito: FLAC.
  • Formatos sem compressão: ideal para quem trabalha com captação de áudio ou utiliza arquivos sonoros profissionalmente. Como esses formatos apresentam a melhor qualidade possível, isso garante uma produção impecável quando se trata de som. Após o trabalho realizado, como a edição da trilha sonora de um vídeo, por exemplo, você ainda tem a opção de exportar o resultado final para arquivos comprimidos a fim de que ele ocupe menos espaço. Formato favorito: WAV.
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