Vestígios de poeira cósmica e outras belíssimas imagens da NASA em maio

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Imagem: ESA / Hubble / NASA / L. Kelsey

A Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA), em parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA), divulgou novas imagens de paisagens cósmicas impressionantes fotografadas durante o mês de maio. São apresentadas cenas de vestígios de poeira cósmica, uma galáxia elíptica e mais.

As imagens foram produzidas a partir de dados coletados pelos instrumentos do Telescópio Espacial Hubble e do Telescópio Euclid — esse último foi enviado ao espaço no início de julho de 2023.

Na lista de maio, reunimos três imagens da NASA que impressionaram os entusiastas de astronomia. Confira!

Sistema estelar HP Tau

No dia 17 de maio, a NASA apresentou um sistema triplo de estrelas, conhecidas como HP Tau, HP Tau G2 e HP Tau G3. Esses corpos celestes são da categoria T Tauri, ou seja, um tipo de estrela jovem que está começando a usar hidrogênio como combustível, mas ainda não iniciou a fusão nuclear. Normalmente, esse tipo de estrela tem menos de 10 milhões de anos.

O sistema triplo de estrelas HP Tau está localizado a cerca de 550 anos-luz de distância da Terra.O sistema triplo de estrelas HP Tau está localizado a cerca de 550 anos-luz de distância da Terra.Fonte:  NASA / ESA / G. Duchene /Gladys Kober / Catholic University of America 

“As variações aleatórias [das estrelas] podem dever-se à natureza caótica de uma estrela jovem em desenvolvimento, tais como instabilidades no disco de acreção de poeira e gás em torno da estrela, material desse disco caindo sobre a estrela e sendo consumido, e erupções na superfície da estrela. As mudanças periódicas podem ser devidas a manchas solares gigantes que giram dentro e fora de vista”, a NASA descreve em um comunicado oficial.

Poeira cósmica da galáxia NGC 4753

No mesmo dia em que apresentou o sistema estelar HP Tau, o Telescópio Espacial Hubble também divulgou uma imagem que mostra vestígios de poeira cósmica em uma visão quase lateral da galáxia lenticular NGC 4753. A região cósmica foi descoberta em 1784, pelo astrônomo alemão William Herschel.

A galáxia lenticular NGC 4753 está localizada a aproximadamente 60 milhões de anos-luz da Terra, na constelação de Virgem.A galáxia lenticular NGC 4753 está localizada a aproximadamente 60 milhões de anos-luz da Terra, na constelação de Virgem.Fonte:  ESA / Hubble / NASA / L. Kelsey 

Os cientistas apontam que, possivelmente, a galáxia foi formada há cerca de 1,3 bilhões de anos, durante uma fusão galáctica com uma galáxia anã. Os vestígios de poeira cósmica podem ter se formado nessa época.

“O ambiente de baixa densidade e a estrutura complexa da NGC 4753 a tornam cientificamente interessante para os astrônomos que podem usar a galáxia em modelos que testam diferentes teorias de formação de galáxias lenticulares. A galáxia também hospedou duas supernovas conhecidas do Tipo Ia. Esses tipos de supernovas são extremamente importantes no estudo da taxa de expansão do universo”, a NASA explica.

Nebulosa Messier 78 (M78)

Em um pacote de imagens divulgadas pelo Telescópio Euclid, a missão apresentou uma fotografia da nebulosa Messier 78, uma região de formação estelar com nuvens escuras de gás e poeira cósmica. É a primeira vez que um telescópio consegue capturar as regiões mais ocultas de formação estelar da nebulosa, devido aos instrumentos de infravermelho do Euclid.

A região de formação estelar Messier 78 está localizada a aproximadamente 1.300 anos-luz de distância da Terra, na constelação de Orion.A região de formação estelar Messier 78 está localizada a aproximadamente 1.300 anos-luz de distância da Terra, na constelação de Orion.Fonte:  ESA / Euclid / Euclid Consortium / NASA / J.-C. Cuillandre (CEA Paris-Saclay) / G. Anselmi 

“Também visível na parte superior da imagem está a brilhante nebulosa NGC 2071 e um terceiro filamento de formação estelar na parte inferior da imagem (com uma aparência semelhante a um 'semáforo'). Esta região inferior é uma nebulosa escura que produz estrelas de menor massa, todas dispostas ao longo de filamentos alongados no espaço”, a ESA acrescentou.

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