#AstroMiniBR: por que a Lua sempre mostra a mesma face para nós?

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Imagem: Getty Images

O TecMundo e o #AstroMiniBR, reúnem toda a semana as melhores curiosidades astronômicas, produzidas pelos colaboradores do perfil no X para compartilhar com você, o fantástico universo da astronomia. Confira abaixo!

#1: O lado oculto da Lua!

A Lua, nosso único satélite natural, apresenta uma característica peculiar e intrigante: embora também gire em torno do seu próprio eixo, ela está sempre com a mesma face voltada para a Terra.

Este fenômeno, chamado de acoplamento de maré, é resultado da interação gravitacional entre a Terra e a Lua ao longo de bilhões de anos. Durante o processo de formação da Lua, ela estava em rotação, mas as forças gravitacionais terrestres acabaram desacelerando paulatinamente seu movimento até que sua rotação se sincronizasse com seu período orbital.

Esse sincronismo resulta em uma rotação da Lua exatamente igual ao tempo que leva para orbitar a Terra, fazendo com que uma única face da Lua esteja sempre voltada para nós. Só pudemos ver a superfície oposta da Lua pela primeira vez na segunda metade do século passado, quando as primeiras sondas espaciais orbitaram a Lua e enviaram fotografias para nós.

A estabilidade desse acoplamento de maré é um exemplo impressionante da harmonia complexa da dança cósmica entre os movimentos orbitais e as forças gravitacionais dos sistemas planetários.

#2: O aniversário do telescópio Hubble!

Neste mês de abril, o Telescópio Espacial Hubble (HST) completou 34 anos e, desde que foi lançado pela NASA em 1990, ele tem revolucionado nossa compreensão do Cosmos. Equipado com instrumentos ópticos avançados, o Hubble orbita a Terra, proporcionando imagens de qualidade extraordinária de objetos celestes distantes.

Com os resultados de suas observações, o Hubble foi fundamental para a determinação da idade do universo, para o estudo da composição química de nebulosas e galáxias, para investigar a natureza das estrelas e planetas e inúmeros outras conquistas da astronomia moderna.

Um dos muitos objetos celestes fascinantes estudados pelo Telescópio Hubble é a nebulosa M76, também conhecida como a Pequena Nebulosa do Haltere. Localizada na constelação de Perseus a cerca de 3.400 anos-luz da Terra, a M76 é uma nebulosa planetária, uma nuvem de gás e poeira expelida por uma estrela moribunda. A imagem detalhada capturada pelo Hubble revela as delicadas estruturas filamentares da nebulosa, assim como sua forma que lembra também as asas de uma borboleta.

Estudar nebulosas planetárias como a M76 ajuda os astrônomos a entenderem os estágios finais da evolução estelar e a importância desses objetos na dispersão de elementos essenciais para a formação de novas estrelas e planetas.

#3: O adeus ao cometa 12P/Pons-Brooks!

O cometa 12P/Pons-Brooks, descoberto no século XIX por astrônomos franceses, está encerrando sua tão esperada aparição em 2024. Com um período orbital de cerca de 70 anos, este cometa já foi observado diversas vezes ao longo da história, mas, cada retorno oferece uma oportunidade única para estudá-lo com as tecnologias mais recentes.

Este ano, os astrônomos profissionais e amadores fizeram diversos registros do cometa e suas características, incluindo sua composição química, tamanho do núcleo e atividade de sublimação. Esses estudos ajudarão a expandir nosso entendimento sobre a origem e evolução dos cometas, além de oferecerem informações valiosas sobre as condições primitivas do Sistema Solar.

À medida que o cometa inicia seu afastamento da Terra, os observadores aproveitam para fazer os últimos registros de sua belíssima passagem, como o que você vê na imagem acima feito pela equipe do Céu Profundo!

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