#AstroMiniBR: como sabemos a massa de uma galáxia?

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O TecMundo e o #AstroMiniBR, selecionaram as curiosidades astronômicas interessantes produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter, durante a última semana para compartilhar com você, um pouco mais sobre o universo da astronomia. Veja abaixo!

#1: Como se calcula a massa de uma galáxia?

A medição da massa de galáxias é uma tarefa complexa e crucial para entender a estrutura do universo. Uma abordagem comum é utilizar a dinâmica orbital das estrelas dentro da própria galáxia: ao observar o movimento das estrelas em relação ao centro galáctico, os astrônomos podem aplicar as leis da física para calcular a massa total. Este método é particularmente eficaz em galáxias espirais, como a nossa Via Láctea.

Outra técnica envolve a análise da velocidade de rotação de nuvens de gás interestelar, permitindo inferências sobre a massa total da galáxia. Além disso, a chamada lente gravitacional, uma consequência da teoria da relatividade de Einstein, é utilizada para medir a massa de galáxias distantes. A lente gravitacional ocorre quando a luz de uma galáxia distante é desviada pela gravidade de uma galáxia mais próxima, fornecendo informações valiosas sobre a massa desta última.

Os valores típicos para a massa de galáxias variam significativamente, refletindo a diversidade cósmica. Galáxias anãs podem ter massas da ordem de milhões a poucos bilhões de massas solares, enquanto galáxias espirais como a nossa Via Láctea geralmente têm massas na faixa de centenas de bilhões de massas solares.

Galáxias elípticas, caracterizadas por sua forma mais esferoidal, podem ser ainda mais massivas, atingindo trilhões de massas solares. A compreensão dessas massas é fundamental para decifrar os mecanismos de formação e evolução galáctica e de estruturas cósmicas em grandes escalas.

#2: O mistério do planeta que “não” deveria existir!

A última descoberta dos astrônomos “caçadores de planetas” agitou a comunidade científica: um exoplaneta gigante está orbitando uma estrela tão pequena que desafiam a compreensão de como esta estrela poderia tê-lo gerado.

A descoberta do planeta em questão, denominado LHS 3154b, foi publicada na revista científica Science há duas semanas e apresenta um corpo celeste com entre 13 a 17 vezes a massa da Terra. No entanto, o verdadeiro mistério é que a sua estrela hospedeira tem apenas 11% da massa do Sol.

Como os planetas se formam próximos das suas estrelas a partir do mesmo disco de matéria inicial, os principais modelos astrofísicos assumem que as estrelas de baixa massa também tendem a formar planetas de baixa massa. E, até agora, as observações pareciam confirmar isso.

Embora existam casos de planetas gigantes hospedados por estrelas de baixa massa, todos que foram descobertos até então são maiores que o LHS 3154b e orbitam a distâncias muito maiores de sua estrela principal. Provavelmente formaram-se de forma diferente, a partir do colapso gravitacional de nuvens de matéria.

A equipe de astrônomos que realizou a descoberta acreditava que LHS 3154b poderia ter-se formado num sistema estelar diferente e ter sido ejetado para depois ser capturado pela sua atual estrela hospedeira, mas isto quase certamente teria resultado numa órbita altamente elíptica, e não na órbita circular que tem hoje.

#3: Um beijo cósmico!

As estrelas binárias de contato são sistemas estelares fascinantes que constituem uma etapa avançada na evolução de sistemas binários. Nesses sistemas, duas estrelas compartilham uma atmosfera comum, criando uma configuração única Universo.

À medida que essas estrelas orbitam uma em torno da outra, suas atmosferas se sobrepõem, chegando a um ponto onde ocorre um contato físico. Essa proximidade extrema gera uma transferência de massa entre as estrelas, alimentando um processo dinâmico que envolve a troca contínua de material estelar.

O estudo detalhado dessas estrelas binárias de contato proporciona insights cruciais sobre os fenômenos de transferência de massa, evolução estelar e interações estelares em ambientes extremos. Além disso, o estudo das estrelas binárias de contato desempenha um papel crucial na compreensão da evolução estelar em sistemas múltiplos, ampliando nossa compreensão sobre a diversidade e complexidade da natureza das estrelas.

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