Bilhões de pessoas podem morrer de calor em todo o mundo até 2100

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Em um estudo publicado na revista científica Nature Sustainability, pesquisadores explicam que a Terra passará por um crescimento de temperatura preocupante nos próximos anos. Inclusive, o clima deve subir cerca de 4,8 graus até o meados de 2100 — ou seja, acima dos níveis pré-industriais. Infelizmente, isso pode causar a morte de milhares de pessoas, com um número maior de mortos na Índia, Nigéria, Indonésia, Filipinas e Paquistão.

O estudo revelou que, se conseguirmos limitar o aumento da temperatura global ao objetivo estabelecido pelo tratado climático de Paris em 2015 (de 1,5 graus Celsius), poderíamos reduzir drasticamente o número de pessoas expostas aos perigos do aumento de temperatura. Com a redução, a temperatura mais intensa afetaria apenas cerca de meio bilhão de pessoas, do total estimado de 9,5 bilhões de humanos até 2100.

O estudo aponta que esse aumento já tem ampliado a intensidade e a duração de fenômenos extremos, como ondas de calor e incêndios florestais.O estudo aponta que esse aumento já tem ampliado a intensidade e a duração de fenômenos extremos, como ondas de calor e incêndios florestais.Fonte:  GettyImages 

Conforme o estudo explica, o calor global já afeta milhões de pessoas em diferentes países: são 600 milhões de habitante na Índia; 300 milhões na Nigéria; 100 milhões na Indonésia; e 80 milhões nas Filipinas e Paquistão. Atualmente, o aumento de temperatura de 1,2 °C já está causando ondas de calor, secas e incêndios florestais em diferentes regiões do planeta.

A preocupante onda de calor que envolve o mundo inteiro

“Essa é uma reformulação profunda da habitabilidade da superfície do planeta e pode levar potencialmente à reorganização em larga escala de onde as pessoas vivem. Os custos do aquecimento global são frequentemente expressos em termos financeiros, mas nosso estudo destaca o custo humano fenomenal de não enfrentar a emergência climática. Para cada 0,1°C de aquecimento acima dos níveis atuais, cerca de 140 milhões de pessoas serão expostas a um calor perigoso”, disse o principal autor e diretor do Instituto de Sistemas Globais da Universidade de Exeter, Tim Lenton.

Os cientistas analisaram a temperatura média anual (MAT) e descobriram que ela chegou a 29°C. Normalmente, as temperaturas são contabilizadas em duas regiões distintas: em zonas temperadas, o clima médio é de 13 °C; em zonas tropicais o número sobe para 27 °C. Ou seja, um aumento para 29°C já é uma preocupação.

Para reduzir os episódios de calor extremo em todo o mundo, o objetivo dos governos é realizar mudanças que não causem impactos negativos no meio ambiente, como a transição energética para um formato mais sustentável.

Essas e outras descobertas científicas devem servir como um alerta para ações urgentes e coordenadas em âmbito global. A necessidade de reduzir as emissões de carbono e adotar medidas preventivas se torna cada vez mais próxima. Afinal, não é à toa que a preservação do nosso planeta e a proteção das vidas humanas estão em jogo.

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