#AstroMiniBR: qual é a origem dos elementos químicos?

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Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!

#1: De onde vêm os átomos que compõem o Universo?

Como aprendemos na escola, a tabela periódica é um modelo criado para organizar e agrupar todos os elementos químicos já descobertos pelo ser humano. Ela é estruturada de modo a organizar os elementos conhecidos por número atômico, que é o número de prótons em cada átomo do elemento.

Na versão apresentada na imagem acima, a tabela periódica ganha uma nova concepção e mostra nossa compreensão atual de como cada elemento encontrado na Terra foi originalmente produzido no Universo. Se você observar bem, a maioria deles tem origens cósmicas: alguns elementos foram criados há bilhões e bilhões de anos, pouco depois do Big Bang, enquanto outros foram feitos durante o processo evolutivo das estrelas.

Quando nos damos conta dessa origem cósmica, entendemos a famosa frase do famoso astrônomo, Carl Sagan: “O nitrogênio em nosso DNA, o cálcio em nossos dentes, o ferro em nosso sangue, o carbono em nossas tortas de maçã, todos foram feitos no interior de estrelas em colapso. Somos feitos de poeira estelar.”

#2: E falando em poeira das estrelas...

No Cosmos, estrelas massivas vivem vidas incríveis e as terminam de forma espetacular. A animação que você vê acima, feita a partir de uma combinação de filtros de raios-X e do óptico, apresenta a nuvem de detritos em expansão conhecida como Cassiopeia A, um exemplo da fase final do ciclo de vida de uma dessas estrelas.

Os astrônomos acreditam que luz da explosão que criou este remanescente de supernova teria sido vista pela primeira vez no céu do Terra há cerca de 350 anos, embora tenha levado cerca de 11.000 anos para chegar até nós, desde que foi emitida para o espaço pela primeira vez.

As cores na animação são adicionadas computacionalmente e enfatizam os elementos químicos nos filamentos e nos nós de poeira e gás que ainda estão quentes no remanescente. Esses filamentos se estendem por uma distância estimada de cerca de 30 anos-luz e ainda está em expansão.

No centro da animação, é possível ver o brilho sutil e esbranquiçado da estrela de nêutrons: o resto incrivelmente denso e colapsado do maciço núcleo da estrela original.

#3: Como é Júpiter no infravermelho?

A visão de Júpiter em infravermelho surpreende não apenas pelas cores totalmente diferentes daquelas que estamos acostumados, mas principalmente por apresentar algo praticamente invisível nos comprimentos de luz no óptico: o gigante gasoso também tem anéis.

Ao contrário dos anéis brilhantes de Saturno, porém, que são compostos de pedaços de gelo, os anéis de Júpiter são mais escuros e parecem consistir em finas partículas de rocha. Além dos seus anéis, também são visíveis as faixas e manchas de Júpiter nas camadas mais externas de sua atmosfera e duas de suas maiores luas. A origem dos anéis de Júpiter permanece desconhecida, embora a hipótese seja criada por material espalhado por impactos de meteoritos nas luas de Júpiter.

#4: O Observatório Vera Rubin

Um dos observatórios astronômicos mais sofisticados do mundo, o Observatório Vera C. Rubin, está em construção no Chile. Sua principal missão será realizar um levantamento astronômico sem precedentes, o Legacy Survey of Space and Time (LSST), para estudar o Cosmos profundo.

O LSST fornecerá um conjunto de 500 petabytes de imagens e os produtos dos dados obtidos abordarão algumas das questões mais prementes sobre a estrutura e a evolução do universo e dos objetos nele contidos. Os principais focos do Observatório Vera Rubin podem ser resumidos em quatro áreas científicas: sondagem de energia escura e matéria escura; um inventário do sistema solar; explorar o céu óptico e mapear a Via Láctea.

#5: O maior radiotelescópio do planeta!

O Telescópio de Abertura Esférica de Quinhentos Metros (FAST, da sigla em inglês para Five hundred meter Aperture Spherical Telescope) é um radiotelescópio localizado em Dawodang, no sudoeste da China. Trata-se do maior radiotelescópio do planeta e é constituído por um prato fixo de 500 metros de diâmetro, construído na depressão natural da paisagem local.

A construção do FAST teve início em 2011, e em 2016 ele obteve a observação da sua primeira luz, ficando inteiramente operacional nos meses seguintes. Entre seus principais objetivos científicos está o estudo dos pulsares, a detecção de moléculas interestelares e fazer um levantamento do hidrogênio molecular.

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