#AstroMiniBR: cientistas detectam um buraco negro fugitivo

5 min de leitura
Imagem de: #AstroMiniBR: cientistas detectam um buraco negro fugitivo
Imagem: NASA

Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!

#1: Físico-química no espaço!

A energia produzida pelo nosso Sol, tanto em termos de calor quanto em luz, é originada em um processo de fusão nuclear que ocorre dentro do seu núcleo. Esse tipo de fusão específica é conhecido como cadeia próton-próton e ocorre, de forma resumida, do seguinte modo: dentro do Sol, o processo de fusão começa com prótons dos núcleos solitários de hidrogênio que se fundem em átomos de hélio, convertendo uma parcela da massa envolvida no processo em energia irradiada que mantém o Sol quente e se propaga através de suas camadas até sair rumo ao Sistema Solar.

O núcleo, contudo, é a única parte do Sol que produz uma quantidade significativa de calor através da fusão: contribui com cerca de 99% de toda a energia produzida, fundindo cerca de 500 milhões de toneladas métricas de hidrogênio a cada segundo. Nele a temperatura chega a mais de 15 milhões de graus centígrados e a pressão é mais de 200 bilhões de vezes maior que a pressão atmosférica aqui na Terra. O restante do Sol é, assim, aquecido essencialmente pela energia que é transferida para fora do núcleo.

#2: Colisão lunar

Fobos é o nome de um dos dois satélites naturais de Marte, sendo o mais próximo e o maior. As duas luas (sendo a outra Deimos) foram descobertas em 1877 e nomeadas em homenagem aos deuses gregos do medo e do pânico, filhos de Marte.

Fobos é uma lua de formato irregular com um raio médio de 11 km e orbita Marte à menor distância de uma lua e um planeta no Sistema Solar: a apenas 6.000 km da superfície marciana. Essa distância é tão curta que Fobos dá uma volta completa em torno de Marte em apenas 7 horas e 39 minutos. Na realidade, Fobos se aproxima de Marte cerca de 2 cm por ano e os astrônomos preveem que dentro de 30 a 50 milhões de anos ele possivelmente colidirá com o planeta vermelho.

#3: Anéis em um planeta anão

Neste mês a Agência Espacial Europeia reportou ter encontrado um denso sistema de anéis em um planeta anão do nosso Sistema Solar externo, chamado Quaoar, um pequeno objeto depois da órbita de Netuno.

O anel foi descoberto por meio de combinações de uma série de observações que ocorreram entre 2018 e 2021 com uma coleção de telescópios terrestres e o telescópio espacial Cheops. Desse modo, os astrônomos puderam observar Quaoar cruzar na frente de uma sucessão de estrelas distantes, bloqueando brevemente suas luzes quando ela passava, em um evento conhecido como ocultação.

Neste processo, a diminuição sutil da luz das estrelas distantes antes e depois da ocultação principal denunciaram a presença de um material rochoso em órbita ao redor de Quaoar: um sistema de anéis. Essa descoberta impõe um enigma para os cientistas, uma vez que é esperado que esse tipo de anel deveria ter se tornado uma pequena lua com o passar do tempo.

#4: Um buraco negro fugitivo

Manchete cósmica: Um buraco negro em fuga foi encontrado deixando um rastro de estrelas recém-nascidas! Esse foi o resultado da pesquisa publicada este mês que foi liderada pelo astrofísico Pieter van Dokkum, da Universidade de Yale. A equipe de astrônomos utilizou dados obtidos pelo telescópio espacial Hubble para encontrar uma trilha no gás em torno de uma galáxia distante que indica que seu buraco negro supermassivo está em fuga.

Com base em uma análise da luz que viajou por mais de 7,5 bilhões de anos para chegar até nós, o rastro de luz representa uma forte evidência de que esse objeto colossal foi ejetado de sua galáxia hospedeira há cerca de 39 milhões de anos e que agora está acelerando no espaço intergaláctico a 1.600 quilômetros por segundo!

#5: Não há fotos da Via Láctea inteira

Se você pesquisar na internet por fotos da nossa galáxia, a Via Láctea, você encontrará uma série de imagens diferentes: galáxias espirais, faixas brilhantes no céu noturno tiradas por câmeras de última geração e telescópios terrestres, ilhas estelares com braços extensos... Mas se vivemos dentro da Via Láctea, como temos fotos de toda a Via Láctea?

A verdade é que não temos. Elas não existem. O Sistema Solar está localizado a cerca de 25 mil anos-luz da borda da Via Láctea e nunca sequer chegamos perto com nossas sondas de uma distância tão vasta. Isto significa que nunca saímos e nunca enviando nenhum objeto para fora da Via Láctea para fotografá-la de fora e nem o faremos em muito, muito tempo. Tudo que nos resta é deduzir o seu formato a partir de nossa perspectiva interna e criar as representações digitais que encontramos na web.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.