Novo método usa cristais vulcânicos para prever erupções

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Em um estudo publicado na revista científica Science Advances, no dia 8 de fevereiro, pesquisadores da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, demonstraram um novo método para prever erupções em vulcões.

A técnica foi desenvolvida usando dados microscópicos sobre o armazenamento do magma no vulcão. No artigo, os cientistas sugerem que fluidos microscópicos em dióxido de carbono envoltos em cristais vulcânicos são a resposta para determinar uma previsão mais precisa do que as usadas atualmente. Os pesquisadores afirmam que a previsão é limitada a um raio de 100 metros do local de onde o material foi retirado.

O novo método também é mais rápido — é possível produzir os dados após alguns dias da análise das amostras coletadas. Ou seja, dessa forma, é possível descobrir sobre as possíveis erupções vulcânicas quase em tempo real.

“Melhoramos a precisão em uma ordem de grandeza dos geobarômetros disponíveis, de quilômetros a metros. Mas também a resolução espacial das medições de inclusão de dezenas de mícrons, até um mícron em comparação com as técnicas de microtermometria disponíveis anteriormente”, disse o principal autor do estudo e professor de engenharia, Esteban Gazel, em um comunicado.

Para realizar a previsão com precisão, os cientistas analisam cristais vulcânicos presos em bolhas de dióxido de carbono.Para realizar a previsão com precisão, os cientistas analisam cristais vulcânicos presos em bolhas de dióxido de carbono.Fonte:  Unsplash 

Como é feita a previsão de uma erupção vulcânica?

Hoje, os cientistas usam dados de satélites e de terremotos para buscar deformações em vulcões ativos e, assim, tentar prever as erupções vulcânicas. Contudo, esse método não é tão preciso, principalmente, em relação à localização de profundidade do magma — por isso, o novo estudo pode ser uma opção melhor para identificar o risco de erupções.

Em explosões vulcânicas, é o magma que atinge a superfície e faz a erupção de lava dos vulcões e, conforme explica o estudo, os fragmentos dessa erupção são coletados para prever os próximos eventos vulcânicos — o material coletado é chamado de tephra. A nova forma de detecção também identifica a profundidade que o magma está armazenado e profundidade do reservatório de magma.

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