#AstroMiniBR: conheça o maior diamante da galáxia!

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Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!

#1: A grandiosidade das galáxias anãs

Como o próprio nome indica, galáxias anãs são pequenas galáxias no Universo. Em comparação com as grandes galáxias espirais e elípticas, que podem conter centenas de bilhões de estrelas, as galáxias anãs normalmente abrigam apenas alguns poucos bilhões de estrelas.

Várias dessas galáxias anãs orbitam galáxias maiores, como ocorre com a Via Láctea ou com a nossa vizinha espiral, a galáxia de Andrômeda. Acredita-se que as galáxias anãs tenham sido formadas por forças gravitacionais nos estágios iniciais da criação de galáxias maiores, ou como resultado de colisões entre galáxias, em que se formaram a partir dos fluxos de material e matéria escura ejetados das galáxias que se fundiram.

No caso da Via Láctea, pelo menos 14 galáxias anãs são satélites da nossa ilha cósmica. Embora sejam pequenas e, a um primeiro olhar, nada excepcionais, sua importância para a compreensão do Universo é fundamental: acredita-se que esses objetos celestes sejam versões atuais de algumas das galáxias remotas observadas muito distante no Cosmos e, portanto, auxiliam a entender os estágios iniciais da formação das primeiras galáxias e das estrelas no Universo.

#2: O maior diamante da Via Láctea

Diamantes naturais são relativamente comuns de serem encontrados na Terra, porém, em 1992 um grupo de astrônomos brasileiros fez uma descoberta impressionante: uma estrela variável do tipo anã-branca distante cerca de 50 anos-luz do Sistema Solar que possui uma atmosfera de hidrogênio e uma massa maior do que o esperado. Tratava-se da estrela BPM 37093, uma anã branca com mais de 4.000 quilômetros de diâmetro que é o maior diamante natural que alguém já viu!

Seu tamanho faz com que ele seja estimado em 10 bilhões de trilhões de trilhões de quilates, o que faz com que os maiores diamantes naturais do planeta Terra pareçam invisíveis em comparação. A descoberta fez com que a estrela fosse carinhosamente apelidada de Lucy, em homenagem a uma das mais famosas e celebradas canções da banda britânica Beatles, Lucy in the sky with diamonds.

Lucy, que é literalmente um diamante gigantesco no céu, possui seu núcleo de carbono cristalizado e uma temperatura central de cerca de 6.600 graus centígrados!

#3: A nova imagem colorida do James Webb

O telescópio espacial James Webb (JWST) liberou mais uma imagem impressionante nesta semana, dessa vez o resultado da sua observação através da poeira e gás para revelar a formação de estrelas em uma rara galáxia em forma de roda. A galáxia, chamada de Cartwheel por sua aparência de uma roda de carruagem antiga, se formou em um acidente galáctico bilhões de anos atrás.

Ela foi observada pelo Telescópio Espacial Hubble, mas ganhou uma nova perspectiva por meio dos filtros de infravermelho do JWST. Essa nova imagem revela uma infinidade de detalhes inéditos na estrutura da galáxia, uma vez que a luz infravermelha, penetra através das nuvens de poeira, o que permitiu ao JWST revelar estrelas individuais jovens dentro das regiões de formação estelar no anel externo da galáxia Cartwheel, bem como aglomerados de estrelas muito jovens ao redor do buraco negro supermassivo central da galáxia, que também está envolto em poeira escura e espessa.

#4: O aglomerado da Colmeia

O registro acima mostra um dos aglomerados estelares mais próximos do nosso sistema solar! Batizado oficialmente no catálogo Messier como M44, o também conhecido como Aglomerado da Colmeia, é agrupamento de estrelas jovens, com cerca de 600 milhões de anos. M44 é categorizado como um aglomerado aberto e abrange cerca de 15 anos-luz de uma ponta a outra, contendo cerca de 1.000 estrelas nessa região do espaço que cobre uma área no céu equivalente a cerca de 3 luas cheias na constelação de Câncer.

Observado há milênios por astrônomos da Antiguidade, M44 é visível a olho nu e possui o aspecto de uma mancha fraca e translúcida. Com binóculos e pequenos telescópios, a observação de M44 já permite a visualização das poucas estrelas gigantes vermelhas e frias rodeadas das estrelas azuis e quentes mais brilhantes do aglomerado.

#5: O poder do James Webb

O JWST não cansa de impressionar com seu poder de observação! O registro acima mostra o aglomerado estelar M92, distante 27.000 anos-luz da Terra, na constelação de Hércules. Este aglomerado classificado como globular (uma esfera de estrelas que orbita o núcleo da nossa galáxia como um satélite) foi descoberto pelo astrônomo alemão Johann Elert Bode em 1777.

Na imagem acima feita pelo JWST, é possível ver dezenas de galáxias com alta resolução por entre as estrelas do aglomerado e ao seu redor, mais uma espetacular exibição de sua sofisticação instrumental!

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