#AstroMiniBR: qual é o nome verdadeiro das Três Marias?

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Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!

#1: O cinturão da constelação de Órion

Você reconhece a imagem acima? Trata-se da constelação de Órion, um dos conjuntos estelares mais famosos de todos ao redor do mundo. Ela está localizada no equador celeste e é facilmente reconhecível no céu noturno de qualquer canto do planeta.

A constelação, nomeada em referência ao caçador homônimo da mitologia grega, possui duas das dez estrelas mais brilhantes do céu: Rigel (Beta Orionis) e Betelgeuse (Alpha Orionis). Localizada a uma distância aproximada de 1.350 anos-luz do Sistema Solar, a constelação de Órion possui três estrelas popularmente conhecidas no Brasil como as Três Marias, localizadas no cinturão do caçador celeste.

Esse trio de estrelas são, na verdade, estrelas individuais muito brilhantes e distantes entre si, chamadas oficialmente pelos nomes Alnilam, Mintaka e Alnitak. São três estrelas supergigantes de coloração azul, possuem temperaturas superficiais extremamente quentes e são muito mais massivas do que o nosso Sol!

#2: O Zeus do Sistema Solar em cores diferentes

O maior planeta do Sistema Solar, o gigante gasoso Júpiter, possui o nome do deus romano equivalente a Zeus, senhor máximo do Olimpo na mitologia grega. Observado através da luz emitida por comprimentos de onda diferentes da luz visível ao qual estamos acostumados, Júpiter pode parecer de forma bastante curiosa: quando visto em infravermelho, por exemplo, ele aparenta ser um lugar muito mais parecido com a casa de Hades do que com o lugar tranquilo e harmonioso quando visto na luz ultravioleta da fotografia acima. Nela, Júpiter parece diferente em parte porque a quantidade de luz solar refletida de volta aos instrumentos de observação ocorre de maneira distinta, possibilitando perceber as diferentes alturas das nuvens e a diferença discrepante do seu brilho ao longo das latitudes.

Nessa imagem, os polos de Júpiter parecem relativamente escuros, assim como sua Grande Mancha Vermelha e a mancha oval branca e menor à direita. As tempestades conhecidas como Cordão de Pérolas mais para o meio e à direita da imagem são mais brilhantes no ultravioleta próximo e, portanto, aparecem com uma coloração rosa. De bônus nessa belíssima imagem, é possível observar também a maior lua de Júpiter, Ganímedes, que aparece no canto superior esquerdo do planeta!

#3: Como é possível detectar a radiação em raios-X de um objeto celeste?

Qual é a relação entre olho de lagosta e entender o Universo? Se você não vê nenhuma ligação imediata entre essas duas coisas, não se preocupe, isso significa que seu pensamento lógico está funcionando corretamente.

Porém, por mais incrível que pareça, quando mergulhamos na dinâmica ocular das lagostas, percebemos aspectos importantes na captação da luz que podem ser (e são!) utilizados em telescópios de detecção de raios-X para estudar o Universo!

As lagostas desenvolveram olhos especializados para ver em seus habitats escuros localizados centenas de metros de profundidade. Embora não consigam ver bem as imagens, esses crustáceos se destacam pela detecção de movimento e, ao contrário dos humanos, cujos olhos refratam a luz, os olhos das lagostas dependem da reflexão. Cada um de seus dois olhos compreende até 10.000 tubos quadrados que são embalados juntos e revestidos com uma superfície plana e reflexiva que age como um espelho para direcionar a luz recebida para sua retina.

Em 1978, inspirado por essa configuração ocular, o astrônomo estadunidense Roger Angel percebeu que um instrumento óptico que imitava os olhos da lagosta poderia capturar muito mais raios-X, incluindo aqueles de maior energia, emitidos por fontes extremamente quentes no Universo.

Os raios X só podem refletir em superfícies espelhadas quando atingem um ângulo particularmente raso, por isso, um instrumento baseado nos olhos de uma lagosta, com seus múltiplos tubos refletivos apontando em todas as direções, consegue capturar raios-X de uma porção muito maior do céu.

#4: Mais uma missão chinesa no espaço!

No último domingo (5), a missão chinesa tripulada Shenzhou-14 foi ao espaço, saindo do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, na província de Gansu, noroeste da China. Os três membros da tripulação, os taikonautas Chen Dong, Liu Yang e Cai Xuzhe, ficarão cerca de 6 meses da tripulação na estação espacial chinesa Tiangong, onde receberão como “visitantes” dois módulos de laboratório, a espaçonave de carga Tianzhou-5 e a missão tripulada Shenzhou-15, e realizarão diversos testes científicos e a programação aeroespacial na estação.

#5: O primeiro telescópio em infravermelho do mundo

O Satélite Astronômico Infravermelho (IRAS, da sigla em inglês) foi o primeiro telescópio espacial a estudar o universo através da radiação em infravermelho. Quando estava em operação, o IRAS detectou cerca de 350.000 fontes infravermelhas, aumentando o número total de fontes astronômicas catalogadas em cerca de 70%.

A missão fez uma série de descobertas surpreendentes, dentre elas, seis novos cometas e grãos de poeira em torno das estrelas Vega e Fomalhaut, que sugeriam fortemente a existência de sistemas planetários em torno de outras estrelas!

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