O que é câncer de mama, quais são seus sintomas e como é o tratamento

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*Este texto foi escrito com base em informações de agências e autoridades sanitárias, hospitais e especialistas em saúde. Se você ou alguém que você conhece possui algum dos sintomas descritos aqui, nossa sugestão é que um médico seja procurado o quanto antes.

O câncer de mama lidera os casos de tumores em mulheres no Brasil. Esse problema caracterizado pela multiplicação desordenada de células dos seios causa 18 mil mortes por ano no país.

Apesar disso, a doença tem cura e prevenção. Mulheres e homens, que também podem ser acometidos por ela, devem ficar atentos aos primeiros sinais da anomalia e buscar um médico assim que forem detectadas.

O exame de autotoque é fundamental na detecção do câncer de mama (Fonte: Shutterstock)O exame de autotoque é fundamental na detecção do câncer de mama (Fonte: Shutterstock)Fonte:  Shutterstock 

A doença é caracterizada pela formação de um nódulo no seio. Geralmente começa por tumores em células produtoras de leite ou nas glândulas mamárias, mas pode se espalhar para os gânglios linfáticos e daí para o resto do corpo, levando à fase de metástase.

Causas do câncer de mama

Especialistas acreditam que a doença tenha causas hormonais, ambientais e genéticas. Entretanto, como é comum em casos de câncer, não são claros os gatilhos que despertam o mal no organismo.

Algumas evidências apontam que entre 5% e 10% dos casos de tumores de mama estão ligados a genes transmitidos dentro da família, os mais conhecidos são o BRCA1 e o BRCA2. A presença deles também aumenta a probabilidade do desenvolvimento de doença no ovário.

Por isso, muitas pessoas têm buscados testes genéticos como uma forma de prevenir o problema. Mas críticos advertem que esses exames estão aumentando o número de cirurgias de remoção de mama desnecessárias entre mulheres saudáveis.

Na suspeita do problema, um médico deve ser consultado (Fonte: Shutterstock)Na suspeita do problema, um médico deve ser consultado (Fonte: Shutterstock)Fonte:  Shutterstock 

O ideal, para pessoas que tenham histórico do mal na família, é adotar mudanças de hábitos que possam favorecer a sua saúde e buscar um médico que possa aconselhar sobre a doença.

Fatores de risco

Alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento do câncer de mama. Entretanto, existem pacientes que não apresentam muitas dessas características, enquanto outras pessoas com elas não desenvolvem a doença. Os principais são:

  • Nascer com o sexo feminino: os homens cis correspondem a apenas 1% do total mundial de casos de câncer de mama;
  • Idade: o risco de desenvolver o problema aumenta com o envelhecimento;
  • Histórico pessoal de doenças mamárias: problemas como carcinoma lobular in situ (CLIS) ou hiperplasia atípica da mama favorecem o surgimento dos tumores;
  • Caso prévio de câncer de mama: há grande risco de acometer o outro seio;
  • Ocorrências na família: quando parentes próximos desenvolvem a doença, principalmente em idade jovem, existe um risco maior de o problema ser genético;
  • Genes herdados: a presença dos BRCA1 e BRCA2, principalmente, se correlacionam com o surgimento do tumor no seio;
  • Radiação: especialmente preocupante para profissionais que trabalham com tecnologia nuclear, a exposição a isótopos pode causar diversos tipos de câncer, inclusive o de mama;
  • Obesidade;
  • Primeira gravidez após os 30: outros estudos também alertam para a relação entre o câncer a gestação do primogênito após a juventude. Outras evidências como essa alertam também para os riscos gerados pela menopausa em idade avançada, pela menstruação em idade precoce anterior aos 12 anos e por não ter filhos;
  • Terapia hormonal pós-menopausa: o uso de tratamentos combinando estrogênio e progesterona aumentam o risco da doença, que diminui com a interrupção dos medicamentos;
  • Consumo de álcool;

Prevenção

Algumas mudanças na vida cotidiana podem ajudar na redução do risco de câncer de mama. Atitudes mais saudáveis, como evitar consumo de álcool, ter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas são excelentes primeiros passos.

Outra prática importante é o autoexame. Quem desconfiar estar sujeito ao problema, pode realizar a inspeção regular dos seios. Assim, identificará nódulos ou sinais incomuns com mais facilidade.

É possível pedir a um profissional de saúde material informativo sobre o autoexame. Além disso, um especialista pode auxiliar aqueles que desejam fazer o rastreamento da doença através de exames e testes clínicos ou genéticos.

Sintomas e tratamento

Além do nódulo característico, o câncer de mama também leva à mudanças no tamanho, na forma ou na aparência do seio, alterações na superfície da pele, descamações, inversão do mamilo e vermelhidão.

Se for detectado em um estágio inicial, ele pode ser tratado através de intervenções como cirurgia, quimioterapia ou radioterapia

Porém, em uma porcentagem de pacientes, os tumores só são detectados quando estão em fase metastática. Nesse estágio não há cura, mas existem terapias paliativas que possibilitam aliviar os sintomas e atrasar o avanço da condição, prologando a vida por muitos anos.

O diagnóstico de câncer de mama pode afetar drasticamente a vida de uma pessoa e, por isso, a melhor solução é a prevenção. Quem é paciente da doença, pode encontrar suporte entre a família e os amigos, através de psicólogos e até mesmo em grupos de apoio.


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