5 mitos sobre a vacina contra Covid-19

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Convivendo com a Covid-19 há quase um ano e dois meses,  já aprendemos bastante coisa sobre a transmissão do vírus e, atualmente, a importância da vacinação para que a gente volte a ter uma vida relativamente normal no médio prazo. Mas, como a desinformação infelizmente rola solta na internet e redes sociais, existem muitas fake news que são transmitidas como notícias verdadeiras.

Para ajudar quem tem dúvidas sobre aspectos como eficácia das vacinas e possíveis perigos que elas poderiam trazer ao corpo humano, reunimos abaixo algumas das notícias falsas mais comuns relacionadas a esse tema. Confira:

Mito 1: a população jovem não precisa ser vacinada

Existem diversos casos de pessoas na faixa dos 20 e 30 anos que adoeceram de forma grave por conta da doença. Importante lembrar que, mesmo quem não teve problemas respiratórios por conta do vírus pode ficar com alguns dos sintomas até mesmo meses após ter contraído a doença, que vão desde a perda do olfato e paladar até fadiga e problemas cognitivos.

Além disso, mortes de jovens com idade entre 20 e 29 anos por Covid-19 cresceram quase quatro vezes no estado de São Paulo entre fevereiro e março de 2021.

Mito 2: desconhecemos os efeitos de longo prazo das vacinas e isso pode representar um risco às pessoas

Não sabemos se as vacinas da Covid-19 desencadearão alguma reação imunológica nos próximos meses ou anos, mas a probabilidade de que isso aconteça é extremamente baixa, de acordo com especialistas da área.

"Historicamente falando, as reações adversas causadas pelas vacinas quase sempre aparecem nos primeiros dois meses", explicou em entrevista ao Mashable o médico Thomas Russo, chefe do departamento de doenças infecciosas da Universidade de Buffalo.

Mito 3: se mesmo quem é vacinado ainda pode pegar o vírus, não faz sentido se vacinar

É importante dizer que nenhuma vacina tem 100% de proteção. Isso porque os próprios vírus que originam a doença passam por mutações que acabam "negativando" as vacinas anteriores, como no caso da gripe.

O papel principal das vacinas é evitar ou atenuar os sintomas da doença. Usando a Coronavac como exemplo, um estudo divulgado em abril pelo Instituto Butantan apontou que a vacina tem eficácia global de 62,3%.

Fonte: Agência Brasil/ Marcelo CamargoFonte: Agência Brasil/ Marcelo Camargo

Mito 4: uma pessoa vacinada e que, por isso, está com a "carga viral" da Covid-19 dentro de si, pode passar o vírus para quem ainda não se vacinou por contato físico

Essa teoria surgiu de uma fake news espalhada nos EUA e conhecida como "vaccine shedding", na qual as pessoas vacinadas poderiam contagiar outras já que elas teriam uma forma viva do vírus dentro delas.

“As minúsculas proteínas produzidas pela vacina para desencadear uma resposta imune ao vírus não podem "se espalhar" para fora do corpo, permanecer milagrosamente intactas e estáveis e, então, afetar negativamente outras pessoas. É biologicamente impossível", afirmou o médico Thomas Russo ao Mashable.

Mito 5: meu sistema imunológico vai saber como me curar do vírus

Vamos combinar que deixar seu sistema imunológico lutar com uma doença que pode danificar seu aparelho respiratório não parece ser uma solução muito sábia. A vacinação é o melhor caminho tanto para prevenir doenças graves como para não sobrecarregar o sistema de saúde.

Outro aspecto negativo sobre "deixar o corpo superar a doença" é que essa tática pode causar variações da doença resistentes às vacinas já criadas. Um exemplo é a variação surgida em Manaus: apesar de as vacinas serem eficientes contra ela, os efeitos dessa versão do vírus costumam ser mais fortes do que a cepa que chegou ao Brasil no ano passado.

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