Satélite russo e foguete chinês podem colidir no espaço hoje (15)

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Imagem: Pixabay

Um satélite desativado lançado pela extinta União Soviética e um pedaço de um foguete da China, flutuando na órbita da Terra, podem colidir no espaço na noite desta quinta-feira (15) gerando grande quantidade de lixo espacial. O alerta foi dado pela empresa de rastreamento de detritos espaciais LeoLabs ontem (14).

Pelos cálculos da companhia, há até 20% de chance de a colisão acontecer, o que é apontado como um "risco muito alto". Esse possível choque entre os dois objetos deve ocorrer sobre o Atlântico Sul, próximo à região costeira da Antártida, a 991 quilômetros de altitude da superfície terrestre, por volta das 21h56 (horário de Brasília).

Ainda de acordo com a LeoLabs, os objetos apresentam massa combinada de 2,8 mil quilos e avançam, um em direção ao outro, a uma velocidade média de 52,9 mil quilômetros por hora. No momento de maior aproximação, quando pode acontecer a colisão, eles ficarão a 25 metros um do outro, o que é considerado "muito perto" para os padrões espaciais.

Jonathan McDowell, astrônomo e rastreador de objetos espaciais do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, conseguiu identificar os equipamentos envolvidos. Segundo o especialista, trata-se do satélite de navegação russo Parus, colocado em órbita em 1989, e do estágio de foguete da China ChangZheng-4C, que está à deriva desde 2009.

Consequências da possível colisão

Essa potencial colisão entre o satélite russo e o foguete chinês pode aumentar, consideravelmente, a quantidade de lixo na órbita da Terra, tornando o acesso ao espaço ainda mais perigoso, além de gerar alertas para as próximas missões espaciais.

A colisão pode ocorrer sob a região da costa da Antártida.A colisão pode ocorrer sobre a costa da Antártida.Fonte:  Twitter/LeoLabs 

Conforme McDowell, o choque entre os objetos resultaria em aumento entre 10% e 20% na quantidade de entulhos na órbita terrestre baixa, colocando em perigo os satélites que já trafegam por essa região, como a rede Starlink da SpaceX. Eventos similares ocorridos em 2007, 2009 e 2019 resultaram em milhares de fragmentos.

Até mesmo a Estação Espacial Internacional pode ter problemas com o aumento do lixo espacial. Somente em 2020, o laboratório orbital já precisou manobrar três vezes para evitar colisões com os detritos.

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