Blu-rays em 4K já estão em pré-venda; será que eles valem a pena?

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Com o barateamento do custo das TVs 4K, que agora podem ser encontradas por menos de R$ 2 mil, é inevitável que conteúdos nessa elevada resolução sejam cada vez mais procurados. Ainda que serviços de streaming como Netflix e YouTube já ofereçam bastante conteúdo com qualidade, nem todo mundo tem conexões com a internet capazes de aguentar o tranco. Esse problema, no entanto, está prestes a acabar com a chegada de um novo formato de Blu-ray.

Com o nome oficial de Ultra HD Blu-ray Disk (ou 4KBD), a novidade consegue pela primeira vez armazenar filmes em vídeo com resolução de 3840x2160 pixels, HDR e tecnologia de som surround Dolby Atmos, entre outras coisas. Os discos mais poderosos disponíveis atualmente, com dupla camada, conseguem guardar até 50 GB de dados, enquanto o 4KBD poderá conter 66 GB nas mesmas duas camadas ou até 100 GB em três.

Infelizmente para a maioria do público, o novo formato de mídia física significa que será necessário comprar aparelhos de reprodução, já que os atualmente disponíveis no mercado não serão compatíveis com a novidade. Fabricantes mundialmente famosas, como Panasonic, Philips e Samsung já divulgaram planos para lançar seus próprios players UHD, com alguns marcados para chegar em março e abril por cerca de US$ 400 (aproximadamente R$ 1.612, sem impostos).

Faz diferença?

Por mais que hoje já seja possível encontrar filmes em 4K por streaming, eles nem sempre parecem ter uma qualidade muito maior do que a dos discos Blu-ray com resolução Full HD. Isso acontece por conta de múltiplos fatores, como a necessidade de uma conexão de altíssima velocidade com a internet, limitações dos codecs compressores de vídeo, ruídos introduzidos na transmissão e detalhes perdidos no caminho, entre outras coisas.

O fato é que a maioria dos longas atuais costuma ser gravada em filmes de 35 mm que, dependendo do caso, são capazes de armazenar imagens superiores aos 1080p dos Blu-rays atuais. Em caso de obras mais antigas, filmadas em 65 ou 70 mm, a quantidade de detalhes é ironicamente maior ainda.

Dessa forma, a probabilidade de filmes terem saltos perceptíveis de qualidade quando reconvertidos para o 4KBD é bastante alta, especialmente no caso de clássicos como “Pulp Fiction” e “Lawrence da Arábia”, por exemplo. Com o disco físico entregando o conteúdo diretamente do seu novo reprodutor para sua TV, as chances de os longas em 4K parecerem mais bonitos do que quando vistos por streaming é considerável.

Contando as opções

Mesmo com esses detalhes, é preciso levar mais um fator em conta na hora de decidir quando comprar um dos novos players UHD: o catálogo de filmes disponíveis. Sendo um formato novo, é de se esperar que no início a quantidade de obras disponíveis em 4KBD seja limitada. Ainda assim, algumas empresas já estão realizando pré-vendas da novidade, como é o caso da Fox, com sucessos como “Perdido em Marte”, “Maze Runner” 1 e 2 e “Kingsman”, entre outros.

Embora ainda não tenham disponibilizado a pré-compra ou a data de lançamento, a Sony e a Warner Bros. também prometeram levar filmes como “O Espetacular Homem-Aranha 2”, “Hancock”, “Círculo de Fogo” e “Mad Max: Estrada da Fúria”, por exemplo, para o novo formato. Diferentemente dos DVDs e Blu-rays atuais, o 4KBD não terá bloqueio de região, o que significa que discos do mundo todo poderão ser reproduzidos em qualquer aparelho compatível.

Caso você seja uma daquelas pessoas que fazem questão de ser as primeiras a experimentar qualquer novidade tecnológica, vale a pena saber que certas lojas físicas nos EUA já estão vendendo alguns filmes 4KBD. Embora os varejistas online marquem o início dos envios para o dia 1º de março, uma das Best Buy de Nova York, por exemplo, tem em suas estantes opções como “Chappie”, o novo “Quarteto Fantástico” e “Perdido em Marte”.

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