Afinal, qual é a diferença entre dólar comercial e dólar turismo?

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A variação do preço do dólar interfere diretamente na vida dos brasileiros, afetando desde o preço da farinha de trigo até as compras online. No entanto, nem sempre fica clara a diferença entre o dólar comercial e o dólar turismo.

Ainda que ambas as cotações influenciem tanto a macroeconomia do país quanto elementos básicos da vida cotidiana, é importante esclarecer as principais diferenças, as aplicações de cada operacionalização do dólar e como elas afetam a população geral.

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Compra e venda de dólar

Todas as operações de compra e venda de dólar são regulamentadas pelo Banco Central, e sua comercialização por meios clandestinos configura operação de dólar paralelo, considerada crime de evasão de divisas.

Apenas instituições autorizadas pelo Banco Central podem comprar ou vender dólarApenas instituições autorizadas pelo Banco Central podem comprar e vender dólar.Fonte:  Shutterstock 

A principal diferença entre dólar comercial e dólar turismo é que o primeiro só pode ser operado por instituições financeiras ou empresas. Dessa forma, apesar de mais barato que a categoria turismo, não é possível que pessoas físicas comprem ou vendam moeda estrangeira pelo valor comercial.

Por que o dólar turismo é mais caro?

A cotação do dólar turismo é sempre mais alta, pois existe um custo operacional envolvido para assegurar a transação entre as instituições e o consumidor, a qual está mais sujeita à flutuação diária dependendo da demanda do mercado.

Além das taxas de movimentação da moeda, existe o custo de logística, transporte e segurança do dinheiro em espécie, a margem de lucro da instituição e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que varia conforme o tipo de transação:

  • em espécie — 1,1%;
  • cartão de crédito — 6,38%;
  • cartão de débito — 6,38%;
  • transferências internacionais por meio de plataforma digital — 0,38%.

Evidentemente, compras de dólar em espécie em casas de câmbio utilizam o dólar turismo, mas isso se aplica também a todas as operações efetuadas no exterior, inclusive contratação de serviços digitais e compras com cartões pré-pagos de viagem.

Para quem mora ou investe no exterior

No caso de brasileiros expatriados que enviam remessas para o Brasil, a taxa de conversão também é baseada no dólar turismo, mas o valor incide de taxas que variam entre as plataformas, além do IOF.

O mesmo vale para investidores com conta em corretoras como a Avenue. Uma vez que o dinheiro está na conta, as transações são idênticas às do Brasil, mas resgates e transferências são convertidos com base na cotação turismo.

Além da cotação da moeda, tarifas para remessas variam de acordo com cada plataformaAlém da cotação da moeda, tarifas para remessas variam de acordo com cada plataforma.Fonte:  Shutterstock 

Isso, inclusive, é um item importante de se atentar na hora de escolher qual plataforma utilizar. Tanto para investimentos quanto para remessas, é recomendado buscar empresas que sejam claras sobre o Valor Efetivo Total (VET).

De maneira geral, o prazo de liquidez dos valores transferidos é de 48 horas, e o ideal é buscar plataformas que ofereçam um VET com boa média limite de variação e valor garantido bem evidente no momento da transação.

Ainda vale a pena guardar dólar?

Por ser utilizado para balizar a economia mundial, o dólar é sempre uma boa opção de investimento. No entanto, é importante frisar que o dinheiro em espécie está sujeito a mais riscos, como acidentes, pragas domésticas e furtos.

Comprar dólar ainda é um investimento seguro, mas dinheiro em espécie oferece mais riscosComprar dólar ainda é um investimento seguro, mas dinheiro em espécie oferece mais riscos.Fonte:  Shutterstock 

Sendo assim, com casas de câmbio, contas e corretoras digitais, o ideal é aproveitar períodos de queda para comprar dólar sem sair de casa. Algumas plataformas aceitam pagamentos via boleto, oferecendo mais opções para aproveitar melhores condições de compra.

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