Tempestade solar de 1977 revela a ‘imprevisibilidade’ dos eventos solares, diz estudo

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De acordo com um estudo publicado na revista científica Scientific Reports, a força das tempestades solares pode variar drasticamente em distâncias mais curtas, em uma média de aproximadamente 100 quilômetros. Ou seja, os cientistas acreditam que algumas regiões do planeta Terra são consideradas mais vulneráveis e podem sofrer grandes tempestades solares com mais frequência.

O artigo foi conduzido por uma equipe de pesquisadores do Observatório Geofísico de Sodankylä (SGO) e da Universidade de Oulu, na Finlândia. Eles explicam que as redes de monitoramento de tempestades solares possuem sensores equipados a até 400 quilômetros entre si, contudo, o resultado da pesquisa aponta que os eventos mais intensos acontecem em distâncias muito mais curtas.

Os efeitos das tempestades são resultados das correntes de vento solar que afetam as correntes elétricas por meio da ionosfera da região auroral da Terra: inclusive, algumas causam auroras.Os efeitos das tempestades são resultados das correntes de vento solar que afetam as correntes elétricas por meio da ionosfera da região auroral da Terra: inclusive, algumas causam auroras.Fonte:  Getty Images 

Segundo um dos pesquisadores, Otto Kärhä, foram utilizados mais de  30 instrumentos para mapear os efeitos de uma única tempestade solar, desde o Oceano Ártico até o Mar de Bótnia. A tempestade citada aconteceu em dezembro de 1977 e foi registrada por 32 estações do Scandinavian Magnetometer Array (SMA); ao analisar os dados, eles perceberam grandes diferenças magnéticas de estação para estação.

"Quando uma tempestade solar ocorre, uma rede de magnetômetros muito esparsa pode levar à subestimação dos distúrbios magnéticos locais e à subestimação da preparação para eles", disse o diretor do SGO, Professor Eija Tanskanen, em comunicado oficial.

Sensores de tempestades solares

Os registros realizados pelos sensores apresentam dados precisos de que as tempestades solares mudam de intensidade várias vezes por minuto a depender da região, principalmente, em distâncias mais curtas. Inclusive, eles acreditam que a atual rede de instrumentos não tem o poder de observar as estruturas totais do campo magnético afetado pelas tempestades solares.

O estudo utilizou imagens de sensores que não haviam sido digitalizadas, mas eles digitalizaram e encontraram as diferenças nas intensidades da tempestade solar.O estudo utilizou imagens de sensores que não haviam sido digitalizadas, mas eles digitalizaram e encontraram as diferenças nas intensidades da tempestade solar.Fonte:  Universidade de Oulu 

Para os cientistas, os resultados do novo artigo podem mudar como a ciência observa as tempestades solares e, assim, abrir o caminho para a adição de mais sensores à rede que estuda as mudanças no campo magnético da Terra. Com mais sensores, os pesquisadores poderão compreender melhor a estrutura do campo magnético durante as tempestades solares e desvendar os segredos de sua 'imprevisibilidade'.

"A variabilidade nas estimativas de impacto dos especialistas decorre do fato de que o ambiente geomagnético da Terra ainda é mal compreendido, e as tempestades solares causam efeitos muito variáveis nas correntes aurorais. A atual rede Intermagnet possui magnetômetros em número insuficiente na região polar, geralmente em intervalos de cerca de 200-400 km, quando seria melhor tê-los em intervalos de 100 km", Tanskanen acrescenta.

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