Os eclipses solares e lunares são eventos astronômicos que ocorrem todos os anos, contudo, nem sempre é possível visualizá-los; o ‘tipo’ do eclipse decorre de algumas movimentações específicas desses corpos celestes. A depender de como o Sol e a Lua se alinham com a Terra, os espectadores terrestres podem assistir um cenário impressionante no céu, como o espetáculo que ocorrerá no dia 14 de outubro de 2023.
Os eclipses solares acontecem quando a Lua passa entre a Terra e o Sol, deixando uma sombra no Sol que se destaca por um visual incrível. Já os lunares podem ser observados quando a Terra passa entre o Sol e a Lua, 'colocando' a sombra no satélite natural. No caso do próximo evento, será um eclipse solar do tipo anular.
Ao todo, existem quatro tipos de eclipses solares, são eles: total, anular, parcial e híbrido. Porém, os que mais se destacam são as versões anulares e totais. São tantos nomes e termos que algumas pessoas podem ficar confusas; afinal, você já parou para questionar quais são as diferenças entre um eclipse anular e um eclipse total?
Para explicar um pouco melhor sobre as diferenças entre as versões anular e total, o TecMundo reuniu informações de cientistas e especialistas da área.
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“Tradicionalmente, os eclipses são divididos em dois tipos principais: solares e lunares. Os eclipses solares ocorrem quando a Lua passa entre a Terra e o Sol, deixando uma região móvel de sombra na superfície da Terra. Os eclipses lunares ocorrem quando a Terra passa entre o Sol e a Lua, lançando uma sombra na Lua”, é descrito em uma página da enciclopédia Britannica.
Qual a diferença entre o eclipse solar total e anular?
É importante lembrar que a utilização de um óculos escuro especial é extremamente importante para não afetar a sua saúde ocular, seja em um eclipse solar total, anular, parcial ou híbrido. Se você não tiver um óculos escuro em casa, pode produzir um projetor pinhole para garantir a sua segurança; trata-se de um tipo de 'câmera' que permite visualizar o evento, mas sem olhar diretamente para o Sol.
A imagem mostra que os eclipses solares ocorrem quando a Lua fica no lugar certo entre a Terra e o Sol.Fonte: NASA's Goddard Space Flight Center
Eclipse Solar Anular
Um eclipse solar anular ocorre apenas quando a lua passa entre o Sol e a Terra, mas neste caso, quando está no ponto mais distante da órbita elíptica do nosso planeta. Justamente por sua longa distância, a sombra da Lua não é capaz de cobrir completamente o Sol e, assim, resulta na visão de um anel dourado ao redor da Lua — inclusive, a própria palavra 'anular' é uma referência ao formato circular de um anel.
O eclipse solar anular, como o evento que acontecerá no dia 14 de outubro, costuma ser mais incomum que os outros. Como a lua está perto de seu apogeu, ela precisa estar em uma posição que deve passar entre a Terra e o Sol; com um 'tamanho menor' no céu, o satélite natural não é capaz de cobrir toda a estrela — a Lua só fica menor por que está mais distante, ou seja, ela não ‘encolheu’ de tamanho.
Eclipse Solar Total
O eclipse solar total acontece quando a Lua passa entre o Sol e a Terra e, dessa forma, consegue bloquear completamente a ‘estrela de fogo’. Diferentemente do anel dourado que é possível observar na versão anular, o eclipse solar total apresenta uma sombra que escurece o Sol por completo, deixando o céu com um aspecto escuro como se estivesse amanhecendo ou entardecendo.
A imagem apresenta o eclipse solar total (esquerda), eclipse solar anular (centro) e eclipse solar parcial (direita).Fonte: NASA/MSFC/Joseph Matus/Bill Dunford/Bill Ingalls
Durante um breve período do eclipse total, os observadores podem remover o óculos para observar a beleza do visual, mas somente enquanto a Lua está bloqueando o Sol por completo. O próximo eclipse solar total será visível nos Estados Unidos e acontecerá no dia 8 de abril de 2024.
Eclipses parcial, híbrido e mais
O eclipse solar parcial acontece quando a Lua passa entre o Sol e a Terra, mas os corpos celestes não estão perfeitamente alinhados, por isso, apenas uma parte da estrela parecerá coberta pela sombra. O formato se assemelha a de uma Lua crescente.
A curvatura da superfície da Terra também pode causar um eclipse solar híbrido em algumas ocasiões; isso acontece por que a sombra do satélite natural se moverá e alternará o visual entre o eclipse anular e total.
Apesar de o eclipse solar total ser um evento astronômico mais comum, ele pode ser considerado o mais difícil de ser visualizado, pois é mais limitado em relação à localização geográfica. Em outras palavras, você precisa estar na hora e no lugar certo para experimentar um eclipse solar total.
Animação na NASA mostra a sombra do eclipse de 14 de outubro.Fonte: Fred Espenak, GSFC da NASA
Ambos os eclipses podem durar entre alguns segundos e até sete minutos, mas a observação média do evento costuma variar entre um e três minutos. Desde o início até o fim, seja um anular, total ou parcial, o eclipse em si acontece ao longo de várias horas, mas só possibilita alguns minutos de visuais incríveis.
“Os eclipses lunares, por outro lado, acontecem cerca de uma vez por ano em qualquer local do planeta. No entanto, como os eclipses solares podem ser vistos apenas em uma região muito limitada da Terra por vez e os eclipses lunares podem ser vistos em um hemisfério inteiro, os eclipses solares podem parecer menos frequentes”, a enciclopédia Britannica descreve sobre as versões lunares do evento.
Gostou do conteúdo? Fique por dentro de mais curiosidades sobre eventos astronomicos aqui no TecMundo e se desejar, aproveite para descobrir como é um eclipse solar visto de um avião.
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