Por que Isaac Newton foi tão importante?

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Uma possível discussão de esquinas, mesas de bar, ou talvez durante uma pausa para o café dentro de um departamento de universidade, seria sobre quem é o maior físico da história. É claro que esse tipo de discussão não nos leva a grandes conclusões quando entendemos que, para que a Ciência como um todo prossiga, todas as contribuições são produto do contexto em que são originadas e importantes dentro de suas áreas de interesse. Mesmo assim, o assunto continua interessante.

E o grande candidato para esse posto seria o físico e matemático britânico, Isaac Newton. Para tentarmos entender os motivos que fizeram com que Newton contribuísse tanto e de maneira tão importante para a Física, e para a Ciência como um todo, podemos olhar para diversos aspectos de sua história pessoal.

Quem foi Isaac Newton

Isaac Newton viveu no século XVII e teve uma infância privilegiada, porém solitária. A família de Newton era rica, porém seu pai faleceu antes mesmo de seu nascimento, e quando tinha apenas três anos, sua mãe o deixou com a avó para se casar com um padrasto que foi rejeitado por Newton. Essa rejeição trouxe uma solidão que fez com que ele buscasse conforto nos livros desde muito cedo.

Newton ingressou na faculdade de Cambridge e, na década de 1660, por conta da epidemia de peste bubônica que ocorreu na Inglaterra, foi obrigado a ficar isolado em sua casa, o que fez com que ele tivesse o tempo necessário para desenvolver seus trabalhos mais relevantes. Como, por exemplo, a descoberta do espectro da luz solar através de um prisma e a descrição das leis do movimento. E ainda nesse período, talvez uma das contribuições mais importantes de Isaac Newton foi a revolução matemática causada pela invenção do Cálculo.

A invenção do Cálculo é uma das mais importantes da história da Ciência.A invenção do Cálculo é uma das mais importantes da história da Ciência.Fonte:  Getty Images 

Essa ferramenta matemática permitiu uma enorme mudança no entendimento e descrição dos fenômenos da natureza com uma precisão sem precedentes para a época. Em seu tempo de vida, a invenção de Newton foi contestada pelo matemático e filósofo alemão Gottfried Leibniz que também alegava ter inventado o cálculo. A discórdia entre os dois cientistas só terminou quando os dois morreram. Atualmente, é aceito que ambos chegaram na invenção do Cálculo independentemente.

Além disso tudo, Newton é famosamente conhecido por, após ter observado uma maçã caindo de uma árvore, ter descrito o motivo pelo qual as massas se atraem (Lei da Gravitação Universal). A parte da maçã é, por muitos, considerada um mito. Porém, existem registros de múltiplas pessoas que conviveram com Newton que alegam que ele próprio contava essa história, tirando a famosa parte que inclui o fato dele ter sido atingido na cabeça pela maçã.

Newton morreu aos 84 anos e foi enterrado na abadia de Westminster. Suas leis de movimento, da gravidade e a invenção do Cálculo ainda são de enorme influência na Física e na engenharia atuais. Em sua lápide, consta a frase: “Aqui está o que é mortal de Isaac Newton”.

De fato, as ideias de Newton são imortais. Porém, sempre que ressaltamos um grande cientista, cabe o pensamento de que a Ciência não deve e não pode se dar ao luxo de depender somente de descobertas e ideias geniais. Quando analisamos sua história, é possível entender que, além da genialidade, toda a produtividade de Newton é fruto de seu contexto de vida.

Ao próprio Newton, é comumente atribuída a frase: “Se vi mais longe, foi porque me apoiei em ombros de gigantes”. Hoje podemos ver mais longe por causa de Newton e de tantos outros. É sempre importante lembrar que a Ciência é um trabalho realizado por pessoas como qualquer um de nós.

Fontes

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