Física: buraco de minhoca simulado pela primeira vez em computador quântico

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A união entre Caltech, Harvard, MIT, Fermilab e Google conseguiu, pela primeira vez, simular um "buraco de minhoca" em um computador quântico. O estudo foi publicado na revista Nature. Wormhole, buracos de minhoca, Ponte de Einstein-Rosen. São muitos os nomes para essa teoria que não é recente.

De modo simplificado, os buracos de minhoca são uma comunicação formada entre pontos distantes no universo. Imagine entrar em um túnel no seu quintal, e sair no quintal de alguém na Nova Zelândia.

Matematicamente, na teoria da relatividade geral, Einstein havia descrito que a deformidade do espaço-tempo, poderia criar esse tipo de comunicação, permitindo a transferência de um plano para outro.

A deformação do espaço tempo geraria uma aproximação dos planos, abrindo uma passagem, conhecida como buraco de minhocaA deformação do espaço tempo geraria uma aproximação dos planos, abrindo uma passagem, conhecida como buraco de minhocaFonte:  Federico Ciccarese/Wikimidia 

Mas existem alguns impasses para estudar se esses atalhos universais de fato existem. Entre eles, conseguir realizar uma ligação entre física quântica e gravidade.  Aparentemente, esses dois campos da física não se conversam, mas, os esforços em conjunto dos pesquisadores, aliado à tecnologia quântica do Google, pode ter mudado esse panorama.

Utilizando um computador quântico, com processador Sycamore, os pesquisadores conseguiram rodar uma versão simplificada da gravidade, comportada pelo processador, e simular buracos de minhoca.

Apesar de parecer simples, para que o sistema funcione, ele deve rodar em condições ideais, com o input certo de energia para que o atalho seja criado.

Simulação dos eventos para criação de um buraco de minhocaSimulação dos eventos para criação de um buraco de minhocaFonte:  Google 

Com uma pitada de milhares de cálculos, uma gota de tecnologia de ponta, e mais um tanto de machine learning: que haja buraco de minhoca atravessável. Os pesquisadores conseguiram, pela primeira vez, não apenar "criar" um buraco de minhoca, mas também atravessar informações entre os planos gravitacionais simulados.

O sucesso dessa simulação abre precedentes para a possibilidade real da existência desse fenômeno. Mas vale lembrar que a Ponte Einsten-Rosen não foi aberta no mundo real, apenas no universo quântico computacional.

Graças a computação quântica, inúmeras possibilidades se abrem, não apenas em relação aos buracos de minhoca, mas também pela possibilidade da criação de ligações mais sólidas entre a física clássica e a física quântica.

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