#AstroMiniBR: conheça a luz mais distante no céu visível a olho nu

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Imagem: NASA

Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!

#1: A luz mais distante visível a olho nu!

Quando falamos em observação celeste a olho nu, uma informação interessante é saber o quão longe conseguimos observar. A resposta para isso depende, é claro, do brilho e do tamanho do objeto em questão: quanto maior e mais brilhante, mais fácil de ser observado.

A estrela individual mais distante visível a olho nu, por exemplo, está a pouco mais de 4.000 anos-luz de distância de nós, na constelação de Cassiopeia e, embora nos pareça uma estrela de brilho fraco, trata-se na realidade de uma estrela supergigante com mais de 100 mil vezes a luminosidade do nosso Sol.

Quando falamos de galáxias, essas distâncias são empurradas para ainda mais longe: a galáxia de Andrômeda, distante cerca de 2,5 milhões de anos-luz daqui, é quase sempre o objeto mais distante visível a olho nu. A luz que chega até nós, hoje, é tão antiga que quando foi emitida pela galáxia, os primeiros hominídeos caminhavam sobre a Terra e o homo sapiens ainda não existia. Porém, dizemos “quase sempre” porque em noites muito escuras e com condições perfeitas de visibilidade, é possível ver o brilho tênue da galáxia do Triângulo, distante cerca de 230 mil anos-luz a mais que Andrômeda, fazendo dela, então, a luz mais distante e mais antiga visível a olho nu!

#2: A passagem do cometa C/2022 E3 (ZTF)

Um cometa está cada vez mais perto de ser visível a olho nu nos céus brasileiros! Trata-se do cometa de longo período C/2022 E3 (ZTF), descoberto no mês de março do ano passado e que se acredita ter sido originado na nuvem de Oort. Descoberto pela instrumentação do Zwicky Transient Facility (ZTF), o cometa atingiu seu periélio no dia 12 de janeiro deste ano, chegando a uma distância 166 milhões de quilômetros do Sol.

Atualmente o cometa encontra-se na constelação de Draco e ele ainda continua abaixo do limite de visibilidade a olho nu. Sua aproximação máxima da Terra será no dia 1º de fevereiro, quando chegará a uma distância de 42 milhões de quilômetros e quando se espera que se torne visível a olho nu como uma pequena mancha difusa. A observação também será possível do Brasil e será mais bem aproveitada se feita em céus escuros e com auxílio de instrumentos como binóculos e pequenos telescópios.

#3: As fases de Mercúrio e Vênus

Na astronomia, o termo fase é designado para qualquer uma das aparências variadas de um corpo celeste que muda conforme as diferentes partes de sua superfície são vistas da Terra ao serem iluminadas pelo Sol.

A Lua é o corpo celeste cujas fases são mais famosas, exibindo oito ao longo de aproximadamente um mês: quatro principais, nova, crescente, cheia e minguante; e quatro intermediárias, quarto crescente, crescente gibosa, minguante gibosa e quarto minguante.

Contudo, os demais planetas do Sistema Solar também apresentam fases, sendo os mais distantes do Sol do que a Terra se aparentando em fase cheia ou em alguma das fases gibosas, e os mais próximos, Mercúrio e Vênus, mostram ciclos completos de fases, exatamente como o da Lua. A descoberta das fases de Vênus pelo astrônomo italiano Galileu foi, inclusive, a primeira evidência observacional direta de um Sistema Solar heliocêntrico, isto é, centrado no Sol.

#4: Onde está o cometa Halley?

O cometa Halley, o mais famoso de todos em sua categoria, é um cometa de curto período visível da Terra a um intervalo regular de entre 75 e 79 anos. Trata-se do único cometa conhecido de curto período que é regularmente visível a olho nu da Terra e, portanto, o único cometa a olho nu que pode aparecer duas vezes durante uma vida humana.

A passagem próxima do cometa Halley no Sistema Solar interno foram observados da Terra e registrados por astrônomos de todo o planeta há mais de dois milênios, com os primeiros registros datando do ano 240 a.C. Sua periodicidade, contudo, só foi compreendida no século XVIII pelo astrônomo inglês Edmond Halley, cujo nome batizou o cometa. Halley foi visível da Terra pela última vez no ano de 1986 e atualmente ainda se afasta de nós em sua órbita, estando atualmente além de Netuno. Ele só aparecerá novamente nos nossos céus em meados de 2061.

#5: O encontro de Vênus e Saturno

Chama-se de conjunção o aparente encontro (ou passagem próxima) de dois ou mais corpos celestes no céu. Um exemplo comum de conjunção é a Lua e o Sol durante a fase de Lua Nova, que sempre ocorre quando a Lua se move entre a Terra e o Sol, deixando o lado escuro voltado para a Terra. Além desse, diversos outros planetas fazem conjunções entre si e com outros corpos celestes. Nos dias desta semana, pouco após o pôr do Sol, está ocorrendo uma belíssima conjunção entre Vênus, Saturno e a Lua!

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