#AstroMiniBR: o que é um ano galático?

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Em publicações semanais, o TecMundo e o #AstroMiniBR, perfil do Twitter que reúne astrônomos e divulgadores de astronomia, reúnem cinco curiosidades relevantes e curiosas sobre o espaço. Confira os destaques desta semana abaixo!

#1: Quanta água existe na Terra?

É possível que em algum momento de sua vida você deve ter se deparado com o seguinte questionamento: quanto do planeta Terra é feito de água?

Mesmo que nossa ideia mais intuitiva nos leve a pensar que a água seja o maior elemento constituinte do planeta, a verdade é que essa resposta é: muito pouco. Embora os oceanos de água cubram cerca de 70% da superfície da Terra, esses oceanos são muito rasos em comparação com o raio da Terra.

A ilustração acima mostra o que aconteceria se toda a água sobre ou perto da superfície da Terra fosse agrupada em uma esfera. O raio desta esfera seria apenas cerca de 700 quilômetros, que é menos que a metade do raio da Lua da Terra, mas um pouco maior que a lua de Saturno Rhea que, da mesma forma que muitas outras luas em nosso Sistema Solar exterior, é principalmente feita de água gelada. A próxima esfera menor representa toda a água doce líquida da Terra, enquanto a esfera ainda menor, quase imperceptível acima dos Estados Unidos, mostra o volume de todos os lagos e rios de água doce da Terra.

Como essa água veio a existir na Terra e se alguma quantidade significativa está presa muito abaixo da superfície da Terra ainda são tópicos contemporâneos da pesquisa científica.

#2: Você já ouviu falar em anos galácticos?

Em astronomia, muitas vezes até números muito grandes se tornam pequenos e pouco representativos para determinados eventos. Por isso, comumente se adota novos parâmetros para facilitar comparações quando os valores passam dos milhões e bilhões.

Nesse contexto, o ano galáctico (que também é conhecido como ano cósmico) foi definido como o intervalo de tempo necessário para que o nosso Sol (e consequentemente todo o Sistema Solar) complete uma volta ao redor do centro da Via Láctea. Esse período, isto é, um ano galáctico, é equivalente a aproximadamente 230 milhões de anos terrestres. A velocidade média com o qual o Sistema Solar está viajando em sua trajetória ao redor do centro da nossa galáxia é cerca de 230 km/s (828.000 km/h): uma velocidade na qual um objeto poderia dar uma volta completa na Terra, na altura da Linha do Equador, em apenas 2 minutos e 54 segundos.

O ano galáctico é particularmente útil para fornecer uma unidade conveniente para representar os períodos cósmicos e geológicos juntos, uma vez que escalas de bilhões de anos e milhões de anos não são igualmente discriminantes para eventos nessas escalas.

#3: Quais são as galáxias que podemos ver a olho nu?

Essa é um aspecto da realidade que ainda causa espanto em muita gente: sim, é possível ver algumas outras galáxias sem usar um telescópio! Mais especificamente, conseguimos ver bem os nossos vizinhos mais próximos, as Grandes e Pequenas Nuvens de Magalhães, que são particularmente fáceis de ver do hemisfério sul, incluindo toda a extensão do Brasil.

Além dessas, possivelmente uma das galáxias mais bonitas que podemos ver a olho nu é visível no céu noturno durante boa parte do fim do ano: a Galáxia de Andrômeda, também chamada de M31. Embora Andrômeda esteja localizada a cerca de 2,5 milhões de anos-luz da Terra, ela é grande e brilhante o suficiente para ser vista a olho nu em noites escuras e sem Lua Cheia. Essa é, por sinal, a única outra galáxia espiral além da nossa própria, a Via Láctea, que podemos ver a olho nu!

#4: Uma nova imagem divulgada pelo James Webb

No último dia 25, a Agência Espacial Europeia divulgou a imagem de uma nova observação feita pelo telescópio espacial James Webb (JWST). A imagem, apresentada acima, mostra o objeto IC 1623: um par entrelaçado de galáxias em interação que fica a cerca de 270 milhões de anos-luz da Terra na direção da constelação de Cetus.

As duas galáxias em IC 1623 estão mergulhando de cabeça uma na outra em um processo de fusão galáctica. Sua colisão desencadeou uma onda intensa de formação de novas estrelas, fenômeno conhecido como starburst, onde estrelas são formadas a uma taxa mais de vinte vezes maior que a da Via Láctea. Este sistema de galáxias interativas é particularmente brilhante em comprimentos de onda infravermelhos, tornando-o um campo de provas perfeito para a capacidade do Webb de estudar galáxias luminosas.

#5: Um laboratório científico no céu

A Estação Espacial Internacional (ISS, da sigla em inglês) é uma grande espaçonave em órbita ao redor da Terra que serve como uma casa científica espacial, onde vivem tripulações de astronautas e cosmonautas. A estação espacial é um laboratório de ciências único e foi construída por meio da colaboração de várias nações que trabalharam juntas para realizar a empreitada.

A ISS é feita de peças que foram montadas no espaço pelos astronautas e está orbitando a Terra a uma altitude média de aproximadamente 408 quilômetros. A cada 90 minutos, aproximadamente, ela dá uma volta completa ao redor do nosso planeta e é facilmente visível a olho nu na sua órbita.

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