Cachorros podem ter Alzheimer? Saiba mais sobre a demência canina

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A doença de Alzheimer é o tipo de demência mais comum para descrever os sintomas de perda de memória e confusão. Porém, essa condição não está restrita apenas aos seres humanos e pode afetar também outros animais, como os cachorros.

Nos cães, os sintomas também estão relacionados à perda cognitiva e geralmente afetam animais de idade mais avançada. O seu amigo de quatro patas está demonstrando comportamentos incomuns? Ele parece desorientado ou confuso? Esses podem ser sinais da demência canina.

Saiba mais sobre essa condição e o que fazer caso o seu cachorro apresente esses e outros sintomas.

O que é a demência canina?

Essa é uma condição que pode afetar todas as raças de cães.Essa é uma condição que pode afetar todas as raças de cães.Fonte:  Freepik 

A Síndrome da Disfunção Cognitiva Canina (SDCC), também conhecida como demência canina ou Alzheimer canino, é uma condição incurável que afeta o sistema nervoso dos cães. Ela está associada ao envelhecimento e à degeneração do cérebro, o que pode levar a mudanças no comportamento, capacidade de aprendizado e compreensão.

Estatísticas demonstram que um terço dos cães que possuem entre 11 e 12 anos podem apresentar ao menos um dos sintomas da demência canina. Já entre os animais entre 16 e 15 anos a incidência aumenta para dois terços dos cachorros.

O Alzheimer canino é uma doença que pode afetar todas as raças de cães. Entretanto, é naturalmente mais perceptível em raças que possuem uma maior longevidade devido a diversos fatores – genéticos e ambientais.

Quais são os sintomas do Alzheimer canino?

Os cães com essa doença podem apresentar um quadro variado de comportamentos indicativos.Os cães com essa doença podem apresentar um quadro variado de comportamentos indicativos.Fonte:  Freepik 

Assim como em seres humanos, o quadro sintomático dessa doença pode ser bastante variado, partindo de simples mudanças no comportamento até graves alterações no humor e irritabilidade. Os sintomas mais comuns são:

  • Confusão e desorientação mesmo em ambientes familiares;
  • Perda de apetite;
  • Repetição de movimentos sem motivo aparente (andar em círculos ou levantar e deitar muitas vezes);
  • Ansiedade e irritabilidade excessivas;
  • Começar a latir de forma inesperada ou sem motivo aparente;
  • Dificuldade em manter a rotina;
  • Esquecimento de truques ou brincadeiras aprendidas;
  • Lentidão ou incapacidade de aprender novos truques e brincadeiras;
  • Modificações bruscas no sono (dorme demais ou fica acordado a noite toda, por exemplo);
  • Perda de memória e incapacidade de reconhecer os membros da família.

Causas da demência canina

A idade avançada é um dos fatores que acaba favorecendo o surgimento dos sintomas.A idade avançada é um dos fatores que acaba favorecendo o surgimento dos sintomas.Fonte:  Freepik 

À medida em que os cães envelhecem, as estruturas cerebrais começam a apresentar alterações, como atrofiamento ou perda de função. Essa degeneração pode acontecer em consequência do acúmulo de proteínas em partes do cérebro, que vão se depositando sobre o órgão e impedindo o seu bom funcionamento.

Contudo, esse fator não é o único associado à demência canina. Pequenos derrames no cérebro e até o acúmulo de lesões por impacto pode levar ao surgimento dos sintomas e eventual diagnóstico da Síndrome da Disfunção Cognitiva Canina.

A causa exata dessa condição ainda é um mistério, mas é fácil associá-la aos cães de idade mais avançada – assim como acontece com o Mal de Alzheimer em seres humanos.

Existe cura para o Alzheimer canino?

Até o momento, não existe cura para a demência canina. Por se tratar de uma condição que leva à deterioração das estruturas cerebrais, não existe um método eficaz para corrigir e reverter essa degeneração dos tecidos para o restabelecimento da saúde do cão.

Entretanto, uma vez que a doença é diagnosticada, uma série de medidas podem ser tomadas para o tratamento e prevenção da doença.

Como é o tratamento e prevenção da demência canina

Atitudes simples podem ajudar o cão a tratar e prevenir a condição.Atitudes simples podem ajudar o cão a tratar e prevenir a condição.Fonte:  Freepik 

Para lidar com o Alzheimer canino, um conjunto de atitudes pode ajudar no tratamento dos sintomas e para retardar o agravamento da doença. A prevenção é ainda mais eficiente se for realizada mesmo quando cão não apresenta qualquer indício de demência.

As seguintes atitudes podem ajudar no tratamento e prevenção:

  • Fornecer uma ampla variedade de atividades externas e oportunidades para brincadeiras;
  • Incentivar o convívio com outras pessoas e animais;
  • Expor o cão à luz solar pra ajudar na regulação do ciclo de sono;
  • Estabelecer rotinas para a alimentação, passeios, ingestão de água e alívio das necessidades fisiológicas;
  • Estimular o cão a se sentir seguro, tranquilo e amado durante a maior parte do tempo;
  • Oferecer uma alimentação equilibrada.

Não há indicativos claros de que uma ração específica ou determinados medicamentos ajudem a retardar o surgimento dos sintomas – embora muitos estudos sejam promissores e possam sugerir melhoras significativas. No final das contas, o tratamento e prevenção através das dicas acima é o que pode garantir a melhor qualidade para o seu amigo de quatro patas.

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