Infarto: veja quais são os sintomas e como identificar

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Um infarto ou enfarte ocorre quando há interrupção da irrigação sanguínea em qualquer órgão do nosso corpo. O termo, entretanto, costuma estar mais associado ao ataque cardíaco, quando acontece com o coração.

A primeira evidência do problema é a isquemia, uma lesão ou obstrução das artérias que bloqueiam o fluxo normal do sangue. Se esse problema não for resolvido rapidamente, ele pode evoluir para quadro mais graves.

A interrupção da irrigação sanguínea no coração leva ao inferto do miocardio (Fonte: Unplash/Robina Weermeijer)A interrupção da irrigação sanguínea no coração leva ao inferto do miocardio (Fonte: Unplash/Robina Weermeijer)Fonte:  Unplash 

São 17,3 milhões de pessoas vitimadas por doenças cardiovasculares anualmente ao redor do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Só no Brasil são 300 mil, sendo essa a principal causa de mortes no país. Entretanto 8 em cada 10 fatalidades poderiam ser evitadas.

O papel do coração

O coração é a bomba responsável por gerar o fluxo de sangue no corpo. O líquido vital, que é considerado um tipo de tecido,  distribui oxigênio quando está navegando pelas artérias. Isso permite que todo o organismo funcione com eficiência. Depois ele retorna para o peito pelas veias para ser renovado.

Mas o músculo cardíaco também precisa receber essa substância essencial, e possui um sistemas de auto irrigação composto pelas artérias coronárias. Elas são duas, esquerda e direita, e se ramificam em vasos pequenos conforme envolvem o miocárdio.

Entretanto, ao longo da vida, todo esse sistema complexo sofre os mais variados impactos. Um deles é o acúmulo de gordura, colesterol ou outras substâncias na paredes desses canais, que dificultam a passagem do sangue.

Aterosclerose

Esse processo é chamado aterosclerose. Ele piora progressivamente e pode ser favorecido por condições genéticas ou por diferentes hábitos de vida. Eventualmente pode comprometer o próprio coração, e a pessoa desenvolve uma doença chamada arterial coronária, que é crônica.

Existem algumas condições que favorecem o infarto do miocárdio como hipertensão, diabetes, colesterol alto, tabagismo e sedentarismo. Além disso, esses fatores podem gerar risco de interromper a irrigação de outros órgãos, como o cérebro, levando à casos de derrames.

O controle adequado da saúde, por outro lado, pode reduzir os risco ou até mesmo prevenir as ocorrências. Conhecer os sinais que antecedem um ataque cardíaco também pode fazer a diferença na hora de tomar previdências e salvar a própria vida.

Anualmente, 17,3 milhões de pessoas são vitimadas de doenças do coração no mundo (Fonte: Unplash/Michel E)Anualmente, 17,3 milhões de pessoas são vitimadas de doenças do coração no mundo (Fonte: Unplash/Michel E)Fonte:  Unplash 

Dor no peito, formigamento no braço esquerdo ou pescoço são alguns dos sinais clássicos do problema. Mas até mesmo náuseas, vômitos, dores nas costas, suor frio e desmaio podem ser consequência da condição.

Outros indicadores de que pode haver obstrução da passagem de sangue para o coração são falta de ar, queimação no estômago (que não estejam relacionadas à alimentação) e incômodos no peito após a prática de atividades físicas.

Entretanto, 20% dos infartos são silenciosos, segundo dados da American Heart Association. Esses só costumam ser descobertos depois, em exames de rotina.

Tipos de infarto

Em relação as causas, os infartos podem ser do tipo:

  • Tipo 1: Quando há fissura ou lesão na placa de gordura formada, o corpo responde à agressão enviando plaquetas que formam um coágulo. A intenção é não deixar a situação se agravar e defender o corpo, mas pode acabar interrompendo o fluxo sanguíneo.
  • Tipo 2: Algumas condições graves de saúde pode atrapalhar o rimo normal de irrigação do coração, como casos de pressão muito alta ou muito baixa, anemias ou cirurgias. Essa irregularidade corta a absorção de oxigênio esperada.
  • Tipo 3: O infarto é fulminante, atinge uma extensão muito grande do órgão de maneira muito rápida e leva a morte súbita.
  • Tipo 4: Com o objetivo de desobstruir o canal sanguíneo, pode ser feita uma cirurgia de angioplastia, que é pouco invasiva. Entretanto, algumas técnicas podem levar ao infarto temporário do órgão.
  • Tipo 5: Durante as cirurgias de ponte de safena também podem acontecer casos de ataque cardíaco

O infarto também é distinto segundo o sexo. Para grande parte das pessoas do sexo feminino, as artérias são 15% mais estreitas e o coração bate cerca de 10% mais rápido. Isso gera um maior desgaste do órgão.

Mas antes da menopausa, essas pessoas tem menos chance de infarto que as do sexo oposto na mesma idade. Além disso, os sintomas podem variar mais. Muitas vezes as dores são descritas como uma sensação de queimação ou de pontadas na região do peito.

Como agir em caso de infarto

Se sentir que está tendo um ataque cardíaco ou presenciar algum caso, a primeira atitude é ligar para o SAMU (192) e pedir por ajudar. Enquanto aguardar o socorro é importante continuar na linha e seguir as instruções dadas por telefone.

Em caso de parada cardíaca, deve-se deitar a pessoa no chão e realizar o procedimento de massagem cardíaca, fazendo compressões no meio do peito até a chegada da equipe de especialistas.

Mesmo em casos leves, e que o paciente não tenha histórico de doenças do coração, ele deve buscar um pronto-socorro. O ideal é que as providências sejam tomadas em até seis horas após a crise. Isso porque um infarto pode levar a consequências que não são sentidas imediatamente e que, se não tratadas em até poucas horas, podem ser irreversíveis.

Prevenção

A fórmula mais eficaz de evitar quaisquer problemas de saúde está na adoção de um estila de vida saudável, e para as doenças do coração não é diferente. A prática cotidiana de atividades físicas e a reeducação alimentar devem ser os primeiros passos nessa direção.

O uso de álcool, cigarros e outras drogas também deve ser evitado a todo custo. Já o açúcar e o sal podem ser consumidos, desde que haja moderação.

Para ficar de olho na saúde, também são recomendadas visitas rotineiras ao médico, para deixar os exames em dia. Assim, o surgimento dos primeiros sinais já podem ser revertidos com o uso de medicamentos adequados. Mas lembre-se, sozinho um remédio tem menos eficácia.

Fontes

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