Galáxias formadas na infância do universo são encontradas

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Olhar para o céu é ver o passado do universo, e foi isso que uma equipe internacional de astrônomos vislumbrou ao descobrir um agrupamento (ou cluster) de 12 galáxias com cerca de 13 bilhões de anos. Este é o protoagrupamento mais antigo já encontrado. A descoberta sugere que grandes estruturas como protoclusters já existiam quando o Universo tinha apenas 800 milhões de anos (6% da sua idade atual).

O grupo de pesquisadores, liderado pelo astrônomo Yuichi Harikane, do observatório Astronômico Nacional do Japão, usou três telescópios (Subaru, Keck e Gemini North, todos no Havaí) para combinar observações e, assim, criar mapas 3D de galáxias em dois setores distantes do espaço.

"Protoagrupamentos têm uma densidade extremamente alta. Por serem raros e difíceis de encontrar, usamos o amplo campo de visão do telescópio Subaru para mapear uma grande área do céu", explicou Harikane.

Sobre uma renderização de dados do estudo, os destaques mostram imagens reais de galáxias que os pesquisadores observaram no protoaglomerado. (Fonte: observatório Astronômico Nacional do Japão/Reprodução)

Galáxia gigante já era conhecida

A equipe localizou então o protocluster z66OD, onde as galáxias estão 15 vezes mais concentradas do que o normal. Foram usados ainda os telescópios Keck e o Gemini North para confirmar a sua existência. Uma das 12 galáxias é a gigante conhecida como Himiko, descoberta em 2009.

"É razoável encontrar um protocluster perto de um objeto maciço como a Himiko, mas estamos surpresos ao ver que ela não estava no centro do protocluster, mas em sua extremidade, a 500 milhões de anos-luz de distância. Descobrir por que é entender a relação entre aglomerados e galáxias massivas", disse o astrônomo Masami Ouchi, descobridor do Himiko e membro do grupo de estudo.

A galáxia Himiko, descoberta em 2009, é o objeto mais massivo encontrado no protocluster z66OD. (Fonte: NASA/ESA/Divulgação)

Os astrônomos usaram simulações de computador de como a matéria escura se espalharia, dando uma pista de que os agrupamentos observados seriam mesmo a infância dos clusters de galáxias atualmente observados.

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