SpaceX não foi responsável por queda de satélite espião Zuma, diz jornal

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No início do ano, uma missão secreta envolvendo a SpaceX não terminou bem. A empresa de exploração espacial comandada por Elon Musk foi contratada para lançar um pacote feito pela companhia de defesa e assuntos espaciais Northrop Grumman em uma missão para o governo dos Estados Unidos. No entanto, a carga foi perdida durante uma das fases finais de separação do foguete.

Agora, quase três meses após a tentativa de lançamento, uma investigação do jornal The Wall Street Journal revelou que uma peça da própria Northrop Grumman foi a responsável pela falha, confirmando o que a SpaceX já vinha dizendo desde janeiro, quando negou que tenha tido culpa no fracasso da missão.

De acordo com as fontes ouvidas pela reportagem, o formato do Zuma o deixava suscetível a danos quando ocorressem vibrações, o que fez a Northrop Grumman modificar um adaptador para fazer com que a separação do foguete e da carga acontecesse de maneira mais suave. Foi essa a ferramenta que falhou durante o voo, fazendo com que o satélite caísse de volta para a Terra.

Lançamento de um foguete.Foguete Falcon 9 que levava o satélite espião Zuma.

O que era o Zuma?

Embora as empresas não falem publicamente sobre o assunto, reportagens indicam que o Zuma seria um satélite espião feito pelo governo dos EUA a um custo de US$ 3,5 bilhões. Não há detalhes sobre qual agência usaria as informações coletadas pelo equipamento.

A nova notícia deve ser boa para a SpaceX, que foi bastante questionada por membros do Congresso americano após o incidente. Durante uma reunião do Comitê de Ciências da Casa, muitos perguntaram a um executivo da empresa se os foguetes Falcon 9 eram mesmo confiáveis para serem usados em projetos do governo.

Enquanto isso, a situação da Northrop Grumman ficou ainda pior. A própria Força Aérea dos EUA já havia dito que a SpaceX não seria a responsável pela situação, colocando a credibilidade da outra empresa em cheque. Além disso, ela vem enfrentando uma série de problemas na construção do telescópio James Webb, que deve suceder o Hubble, mas está atrasado e não vai ficar pronto antes de 2020.

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