Análise: Boogie Board [video]

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Seja para fazer um rabisco, escrever um bilhete ou para fazer anotações durante as aulas, um bloco de papel serve para todas essas ações e muitas mais. Porém, em plena Era da Informação e ascensão da tecnologia, fazer essas atividades utilizando papel e caneta soa um tanto obsoleto.

Não é segredo para ninguém que milhares de árvores são desmatadas por ano a fim de se tornarem matéria-prima para a criação de diversos produtos, inclusive o papel. É certo que existem florestas sustentáveis plantadas por essas empresas, mas a quantidade poderia ser diminuída se fossem utilizadas telas digitais no lugar de blocos de nota. É isso que defende a Improv Electronics, desenvolvedora do quadro-negro eletrônico chamado de Boogie Board.

A grande diferença é que, com ele, você não fica branco de giz ou espirrando com o pó, já que pode utilizar os dedos ou a caneta stylus, desenvolvida especialmente para ser empregada no tipo de superfície utilizado pelo produto.

O Tecmundo analisou a primeira versão do Boogie Board, a fim de mostrar para nossos usuários como esse produto funciona, as vantagens e as desvantagens de utilizá-lo, bem como as considerações finais: se vale realmente a pena abandonar o tão tradicional bloco de papel para usar apenas o quadro negro eletrônico.

Recentemente, foi anunciada durante a IFA 2011 (evento de tecnologia que acontece na Alemanha) uma nova versão do Boogie Board. Clique aqui para saber mais sobre esse futuro lançamento da Improv Electronics.

Aprovado

Resposta aos movimentos

O Boogie Board responde muito bem aos comandos, tanto quando utilizamos a caneta especial quanto com o uso do dedo sobre a superfície. Os desenhos, as linhas e as palavras traçadas no quadro negro aparecem instantaneamente e de forma íntegra, exibindo todos os pontos pelos quais o dispositivo foi pressionado.

Quando foi utilizado o dedo, apenas uma dificuldade foi detectada: é preciso fazer os movimentos com a unha e não com a ponta dos dedos para que eles sejam reconhecidos. Porém, para fazer traços realmente finos, essa possibilidade facilita muito a utilização.

Traços fortes e fracos

A tela do dispositivo possui sensores que identificam diferentes tipos de pressão exercida sobre a tela e apresenta traços característicos de cada uma delas, assim como acontece quando utilizamos caneta e lápis em um papel: se forçarmos muito o item sobre a superfície, a tinta se torna mais forte.

Essa característica é extremamente importante para quem pretende utilizar o Boogie Board para fazer ilustrações e não somente para escrever bilhetes, já que, nesses casos, é necessário fazer traços diferenciados, a fim de aplicar efeitos diferenciados às linhas. Portanto, pontos positivos para o quadro-negro eletrônico da Improv Electronics.

Criação sem limites

Especialmente para os ilustradores e desenhistas amadores: se você não tem o costume de utilizar um software específico para criação, você já prestou atenção na quantidade de folhas que são gastas desde o momento em que você começa a desenvolver um trabalho artístico?

O Boogie Board proporciona a diminuição do gasto com papel e proporciona maior liberdade de criação, já que você pode desenhar e escrever à vontade e apagar os traços quantas vezes quiser – características que não são tão executadas quando utilizamos o papel.

Bateria

O Boogie Board utiliza bateria 3V que – segundo o desenvolvedor – nunca precisa ser trocada. Infelizmente não pudemos testar o aparelho o suficiente para saber se isso é verdade. Porém, durante todo o tempo ocupado pelos testes, o quadro continuou executando as tarefas com a mesma eficácia, que provavelmente seria reduzida caso a carga tivesse diminuído.

Reprovado

Desfazer e exportar

Apesar de o Boogie Board apresentar uma proposta inovadora e muito interessante, este modelo – o original do dispositivo – ainda não possui uma função destinada a desfazer o último traço aplicado na tela. Quando o usuário aperta o botão “Erase”, todo o quadro é apagado de uma só vez, sem possibilitar que o usuário tenha controle algum sobre a ação.

Outra característica negativa desta versão do Boogie Board é a impossibilidade de salvar ou exportar as criações feitas na tela. A princípio, o usuário desenha ou escreve o que bem entender, mas não passa disso. O máximo que se pode fazer a partir de então é apagar o que foi criado. Na última versão do dispositivo, a exportação de arquivos está inclusa.

Apoio para a stylus e suporte

Algo que pode passar despercebido para alguns usuários e que pode ser uma característica não tão negativa assim para outros é a falta de um lugar acoplado ao quadro que sirva para guardar a caneta stylus. Enquanto estamos utilizando o dispositivo, tudo bem. Mas se for preciso dar uma breve pausa, é fácil perder o pequeno objeto metálico, dependendo do local onde o usuário o deixe.

Em algumas superfícies, é clara a falta de uma aba embaixo do produto, deixando-o mais alto, a fim de tornar mais agradável a sua utilização. Da mesma forma, também nota-se a falta de um suporte que sirva para colocar o Boogie Board pendurado em alguma parede ou até inclinado em alguma mesa, para o caso de recados.

Vale a pena

Considerando o valor do aparelho, que fica em torno de 70 reais, pode-se dizer que o produto é atrativo, mas que não possui muitas funcionalidades a oferecer para o usuário. Se você quiser um aparelho que substitua um bloco de notas, no qual você pretende escrever ou desenhar sem se preocupar em salvar o resultado, ele é uma boa pedida. Caso contrário, a última versão é a mais indicada.

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