Intel quer possibilitar sistemas como o J.A.R.V.I.S. do Homem de Ferro

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Imagem: Origo

Depois de anunciar a demissão de mais de 12 mil funcionários e revelar que vai mudar um pouco o seu foco do mercado de chips para PCs para dar mais atenção a dispositivos vestíveis e para a Internet das Coisas, a Intel está se preparando para se transformar. Conversando na Computex 2016 com o Engadget, o novo chefe de produtos para consumidores da empresa, Navin Shenoy, disse que a companhia está trabalhando em “muitas coisas que são alucinantes”.

Dando sua opinião sobre qual deve ser o objetivo da fabricante para o futuro, o executivo afirmou que a Intel precisa descobrir como possibilitar a criação de algo que funcione como o J.A.R.V.I.S. – a confiável inteligência artificial inventada pelo Homem de Ferro nos quadrinhos e filmes. “A habilidade de manipular coisas onde quer que você esteja, olhar para elas de qualquer lugar, falar com elas de uma forma mais natural. Esse é o próximo salto na computação”, disse.

Para o chefe de produtos para consumidores da Intel, novas formas de interação com a tecnologia são o futuro

Segundo Shenoy, essa evolução não vai se limitar aos PCs, incluindo celulares, tablets e outros tipos de produtos que ainda nem foram imaginados. Enquanto hoje temos estilos de tecnologias voltadas para um “destino”, como um desktop, outros para “carregar”, como notebooks, e até alguns de bolso, o que inclui dispositivos móveis, o executivo se diz fã da noção de “computação ambiente”, que não depende de um formato específico e está ao redor das pessoas.

Montanhas de desafios

O chefe de produtos para consumidores da Intel afirma que ainda há muitos problemas que precisam ser solucionados para que a computação ambiente ganhe força. Entre eles, há a necessidade de disponibilizar para qualquer aparelho capacidades de processamento com pouco uso de energia, mas alto desempenho.

Como nem toda a interpretação de dados vai acontecer na nuvem, também é preciso encontrar formas eficientes de distribuir cargas de trabalho entre aquilo que deve ser processado diretamente nos dispositivos e o que vai depender do poder de servidores e dos algoritmos. Por fim, há ainda questões de conectividade com a internet, microfones, câmeras, interpretação de imagens e áudios e toda uma multiplicidade de plataformas, entre muitas outras coisas.

A Intel está investindo em solucionar problemas que mais ninguém esteja encarando

“Há uma quantidade muito grande de problemas tecnológicos para resolver. Vamos fazer o que normalmente fazemos, encontrando aquele que ninguém está solucionando ou que estamos em uma posição única para encarar. E vamos fazer parcerias com o ecossistema de software, pode fazer coisas diferentes, como motores de IA e a interface de uso propriamente dita”, explicou Shenoy.

Na entrevista, o executivo também afirmou que as novidades também não dependem apenas de smartphones e a Intel vai se envolver em todos os aspectos em que se sentir apta. Outros tópicos citados são a saída da empresa do mercado de processadores para dispositivos móveis, novos modens para redes sem fio, iniciativas de IA e gateways domésticos, entre outras coisas. Confira a conversa completa clicando neste link (em inglês).

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