#AstroMiniBR: conheça as galáxias água-viva!

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Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!

#1: Você já ouviu falar em galáxias água-viva?

Aglomerados de galáxias são as maiores estruturas gravitacionalmente ligadas no Universo, superadas em tamanho apenas pela vasta teia cósmica na qual estão inseridas. Esses sistemas contêm desde centenas a milhares de galáxias, que se aglutinam próximas devido à interação gravitacional e podem atingir milhões de anos-luz de tamanho.

Contudo, aglomerados de galáxias não são ambientes convidativos para muitas galáxias: além de produzirem forças de maré gravitacionais fortes o suficiente para destruir algumas galáxias por completo, aglomerados de galáxias possuem uma quantidade gigantesca de gás extremamente quente, que funcionam como uma frente de vento capaz de remover gás e poeira de uma galáxia infeliz que se mova em sua direção.

Esse fenômeno, conhecido como pressão de arrasto, produz as galáxias do tipo água-viva, que são caracterizadas por apresentarem “caudas cósmicas” geradas pela interação do gás galáctico com o gás quente do aglomerado de galáxias. Nas imagens acima, é possível ver que as galáxias, tipicamente espirais, apresentam longos filamentos azuis pontilhados de estrelas jovens que pendem do disco da galáxia, causando uma aparência similar à forma de uma água-viva em movimento no oceano.

#2: Um elemento pesado na atmosfera de um exoplaneta

Na última quinta-feira (13), uma equipe internacional de astrônomos descobriu o elemento químico mais pesado já descoberto em suspensão na atmosfera de um exoplaneta: o bário.

Utilizando dados coletados pelo Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul (ESO), os astrônomos detectaram sinais químicos da presença do bário na atmosfera superior na atmosfera superior de dois exoplanetas, WASP-76b e WASP-121b. Esses planetas são gigantes gasosos similares à Júpiter e ultra quentes que orbitam estrelas fora do nosso Sistema Solar a uma distância de aproximadamente 640 e 900 anos-luz, respectivamente.

Esses exoplanetas possuem temperaturas superficiais extremamente altas, geralmente acima de 1000 °C, devido ao fato de orbitarem muito próximo às suas estrelas hospedeiras. A grande surpresa é que o elemento bário, cerca de duas vezes e meia mais pesado que o ferro, deveria cair rapidamente para as camadas mais inferiores da atmosfera, já que a gravidade dos planetas é muito grande. Por essa razão, a descoberta coloca novas e intrigantes questões sobre como entendemos a composição e a dinâmica planetária.

#3: Estimando a quantidade de vida inteligente na Via Láctea

A equação de Drake é uma expressão matemática que estima o número N de civilizações tecnicamente avançadas na Via Láctea em função de outros fatores astronômicos, biológicos e psicológicos.

Formulado em grande parte pelo astrofísico norte-americano Frank Drake, a equação foi discutida pela primeira vez em 1961 em uma conferência sobre a busca por inteligência extraterrestre, nos Estados Unidos. A equação leva em consideração variáveis como a taxa média de formação de estrelas na Galáxia, o número de planetas em tais sistemas que são ecologicamente adequados para a origem da vida, a fração de tais planetas em que a vida evolui para uma forma inteligente e o tempo médio de vida dessas civilizações avançadas. Esses números são pouco conhecidos e comumente estimados com base em parâmetros diferentes, o que aumenta a incerteza da estimativa.

#4: As auroras austrais no hemisfério Sul

Você sabia que existem auroras no Sul? Chamadas de auroras austrais, o evento é análogo às auroras boreais do Norte: são fenômenos espetaculares que produzem uma exibição de luz natural que brilha no céu, tendo coloração diversa em tons azuis, vermelhos, amarelos, verdes e alaranjados, assumindo a forma de cortinas que balançam suavemente na atmosfera.

Esses fenômenos são visíveis apenas no céu noturno e aparecem apenas nas regiões polares do planeta. A atividade que cria as auroras começa no Sol, a partir da emissão de partículas eletricamente carregadas (elétrons livres e íons, em sua maioria), que caracteriza o que chamamos de vento solar. Ao atingir as proximidades da Terra, o vento solar interage com o campo magnético do nosso planeta que “escoa” essas partículas às regiões polares, onde elas interagem com as moléculas da ionosfera produzindo luz.

#5: Conchas de poeira cósmica

A imagem mais recente do telescópio espacial James Webb da NASA é uma nova perspectiva da estrela binária Wolf-Rayet 140 em que são revelados detalhes impressionantes de sua estrutura sob uma nova luz.

As imagens apresentam o que aparenta ser um padrão de difração de aparência incomum que, no entanto, trata-se de anéis de poeira quase concêntricos ao redor da WR 140. Os anéis, ao menos 17, são formadas cada vez que as estrelas atingem um ponto em sua órbita onde estão mais próximas umas das outras e seus ventos estelares interagem. O espaçamento uniforme entre as conchas indica que os eventos de formação de poeira estão ocorrendo como um relógio, uma vez

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