Estudo desvenda porque mulheres têm maior risco de desenvolver Alzheimer

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Os cientistas da Escola de Medicina da Universidade de Boston (BUSM) e da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, descobriram uma nova variante genética responsável por aumentar o risco de Alzheimer. Uma das variantes mais conhecidas é o alelo APOE 4, encontrada em pessoas de ambos os gêneros com mais de 65 anos, mas eles estão estudando um gene que parece afetar as mulheres.

Segundo o estudo publicado na revista científica Alzheimer's Disease & Dementia: The Journal of the Alzheimer's Association, o novo gene é chamado MGMT. Os pesquisadores usaram diversas técnicas para realizar um estudo de associação do genoma completo (GWAS), especificamente, para o Alzheimer — inclusive, eles usaram dois conjuntos de dados separados para a pesquisa.

Um dos métodos consistiu em estudar a demência de mulheres de uma extensa família de huteritas, pois eles possuem um fundo genético pequeno em relação ao resto da população, tornando-os ótimos objetos de estudo — os huteritas são uma comunidade religiosa que vive de maneira mais isolada, como os amish.

Nos Estados Unidos, mais de 5,8 milhões de pessoas sofrem com Alzheimer e demência; no Brasil, a estimativa sugere cerca de 2 milhões de pessoas.Nos Estados Unidos, mais de 5,8 milhões de pessoas sofrem com Alzheimer e demência; no Brasil, a estimativa sugere cerca de 2 milhões de pessoas.Fonte:  Shutterstock 

O segundo método usou dados genéticos de uma amostra nacional e analisou informações de 10.340 mulheres que não tinham o alelo APOE 4, baseado em pesquisas sobre a conexão entre o Alzheimer e o câncer de mama. Em ambas as abordagens, os pesquisadores encontraram indícios que o MGMT está fortemente conectado com o desenvolvimento do Alzheimer.

MGMT e Alzheimer

“A validação de nossas descobertas no maior conjunto de dados usado pelo grupo da Universidade de Boston foi extremamente gratificante e, finalmente, levou a mecanismos epigenéticos de apoio que conectaram os dois conjuntos de resultados do GWAS ao gene MGMT”, disse a presidente de genética humana da Universidade de Chicago e autora sênior do estudo, Carole Ober.

Os cientistas também usaram outros dados moleculares e caraterísticas relacionadas ao Alzheimer e ao MGMT. Assim, eles descobriram que o gene está significativamente associado ao desenvolvimento de proteínas do Alzheimer em mulheres.

De qualquer forma, os pesquisadores continuarão estudando para entender mais sobre o gene. Eles dizem que pesquisas semelhantes podem apresentar informações relevantes sobre a relação entre a genética e o Alzheimer.

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