Gigantesco radiotelescópio de Arecibo será fechado e demolido

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Imagem: UCF/Arecibo Observatory/Divulgação

O que toda a comunidade de astronomia e astrofísica temia se concretizou: o radiotelescópio de Arecibo, em Porto Rico – um dos mais antigos, renomados e amados do planeta – vai ser desativado permanentemente e sua gigantesca antena, provavelmente implodida.

Desde que dois de seus cabos de sustentação se quebraram em menos de três meses, os engenheiros não conseguiram encontrar uma maneira segura de reparar os danos causados sem abalar a estrutura e evitar que ela venha abaixo.

Contratadas inicialmente para lidar com o problema do cabo auxiliar que arrebentou em agosto, três firmas de engenharia avaliaram o telescópio, recomendando afinal à National Science Foundation (NSF, agência federal independente ao qual pertence o observatório) que ele fosse desativado em definitivo depois que as avaliações apontaram indícios de que outros dos 11 cabos principais restantes, agora sujeitos à carga extra, podem se romper.

A queda de um dos cabos abriu um rombo de 30 metros na antena.A queda de um dos cabos abriu um rombo de 30 metros na antena.Fonte:  UFC/Arecibo Observatory/Divulgação 

“Mesmo as tentativas de estabilização ou de teste dos cabos podem resultar na aceleração da falha catastrófica”, disse Ralph Gaume, diretor da divisão de astronomia da NSF. Se isso acontecer, toda a estrutura virá abaixo. A NSF pretende baixar o Domo Gregoriano e sua plataforma de maneira controlada, mas o planejamento pode levar semanas.

Rombo de 30 metros

Em agosto, um cabo auxiliar, ao se partir, abriu um buraco de 30 metros no gigantesco prato, danificou oito painéis no Domo Gregoriano (a estrutura acima da antena) e retorcer a plataforma usada para acessá-lo. No último dia 6, um dos 12 principais cabos de aço do telescópio, projetado para sustentar 544 toneladas, quebrou sob 283 ml quilos.

Imagem do satélite mostra um vislumbre da mata abaixo do prato, visto pelo buraco aberto na antena.Imagem do satélite mostra um vislumbre da mata abaixo do prato, visto pelo buraco aberto na antena.Fonte:  UFC/Arecibo Observatory/Divulgação 

A NSF pretende restaurar as duas instalações LIDAR (Light Detection and Ranging, usadas para pesquisas geoespaciais), o centro de visitantes e a subestação de pesquisa na ilha vizinha de Culebra.


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