Ciência

Controles usados na missão Apollo 11 são vendidos por US$ 780 mil

As peças que faziam parte do módulo de comando quase foram parar no lixo após serem removidas da nave

Avatar do(a) autor(a): André Luiz Dias Gonçalves

22/07/2020, às 10:30

Controles usados na missão Apollo 11 são vendidos por US$ 780 mil

Fonte:  Julien's Auctions/Divulgação 

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No último sábado (18), três controladores originais utilizados no módulo de comando da missão Apollo 11 da NASA, que levou os primeiros homens à Lua, foram arrematados em um leilão nos Estados Unidos por uma quantia superior a US$ 780 mil. O valor equivale a mais de R$ 4 milhões em conversão direta e pela cotação atual.

Uma das peças é o joystick de rotação instalado ao lado direito do comandante da missão, Neil Armstrong, o primeiro astronauta a pisar na Lua, que custou US$ 370 mil aos cofres do comprador. Outro controle parecido, que ficava próximo à cadeira do piloto do módulo lunar, Buzz Aldrin, foi vendido por US$ 256 mil.

A terceira peça, arrematada por US$ 156,2 mil, é um controle de translação utilizado por Armstrong e pelo piloto do módulo de comando, Michael Collins. Esse joystick foi usado para atracar a sonda ao módulo lunar Eagle, mas também servia para abortar a missão caso ocorresse algum problema durante o lançamento; já os outros dois foram acionados para diversas manobras da nave principal.

Controle usado por Buzz Aldrin.Controle usado por Buzz Aldrin.

De acordo com o Space.com, dois compradores não identificados arremataram os três lotes vendidos pela casa de leilões Julien's Auctions.

Peças quase foram parar no lixo

Os controladores leiloados no último fim de semana nos EUA foram retirados do módulo de comando algumas semanas após ele retornar a Terra. Oferecidos à tripulação da missão, que se recusou a ficar com o presente, eles foram colocados em uma placa de madeira personalizada e armazenados em um escritório em Houston por 15 anos.

Um ex-funcionário da NASA que gerenciava o local quase os jogou fora por ordem de um supervisor, mas resolveu levá-los para casa e, anos depois, vendeu-os para colecionadores de objetos espaciais.

Desde então, a agência espacial americana vem tentando recuperar os itens, mas sem sucesso até o momento.


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Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.